Depois de um período de trégua, as disputas comerciais entre Brasil e Argentina estão de volta. O governo argentino decidiu proibir a entrada de alimentos importados que possuam similares produzidos localmente.
A barreira argentina começa a vigorar no próximo mês. A notícia preocupa as autoridades brasileiras, que já prometem retaliar.
- Essa decisão sequer foi informada ao Brasil, conforme o acordado entre os dois presidentes. Vamos retaliar.
Segundo um funcionário do governo brasileiro que não quis ser identificada, a reação brasileira vai atingir alimentos similares aos proibidos pelos argentinos.
A partir do dia 10 de junho, inspetores da Secretaria de Comércio da Argentina vão percorrer as gôndolas de supermercados, armazéns e lojas de conveniências para conferir se estão sendo vendidos alimentos importados sem similar nacional.
Serão atingidos produtos brasileiros, como frutas, milho e tomate enlatados. Os consumidores argentinos deixarão de ter acesso a esse tipo de produto importado. Itens como suco de maracujá ou castanha de caju - inexistentes no território argentino - ainda serão permitidos.
O secretário de Comércio da Argentina, Guillermo Moreno, reuniu-se com os diretores dos supermercados e anunciou que a proibição vale a partir de 1º de junho. Homem de confiança da presidente Cristina Kirchner, ele comunicou a decisão apenas verbalmente.