A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 86,621 bilhões em março, o que representa um crescimento real de 2,5% em relação ao mesmo período no ano passado. Já no acumulado de 2014, o total pago pelos brasileiros em tributos federais somou R$ 293,426 bilhões, o que equivale a uma alta real de 2,08% sobre 2013 e a um recorde para o primeiro trimestre do ano.
Segundo relatório divulgado pela Receita Federal nesta segunda-feira, a arrecadação vem mostrando aceleração. Em janeiro, as receitas apresentavam crescimento de 0,91%. Em fevereiro, a taxa foi de 1,91% e agora, de 2,08%.
Entre os tributos que têm ajudado o resultado do ano estão a contribuição previdenciária, cujo recolhimento somou R$ 83,728 bilhões até março (com alta de 3,61%), o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos do trabalho, que atingiu R$ 23,598 bilhões (aumento de 5,91%) e o Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado à importação, cuja arrecadação chegou a R$ 13,428 bilhões (com alta de 9,61%).
A arrecadação do IPI (exceto pelo vinculado às importações) somou R$ 8,665 bilhões, com crescimento de 5,76% sobre o primeiro trimestre de 2013. Parte desse crescimento se deve à recomposição gradual das alíquotas do imposto sobre o setor de automóveis, que começou em janeiro de 2014.
A arrecadação do PIS/Cofins cresceu pouco, 1,5%, e somou R$ 61,838 bilhões. Já o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) registraram queda de 6,48%. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) recuou 7,64%.
Segundo o Fisco, as desonerações concedidas pelo governo nos últimos anos para incentivar o crescimento da economia ainda têm impacto sobre a arrecadação. No primeiro trimestre, esses estímulos resultaram numa renúncia fiscal de R$ 26,110 bilhões. Somente em março, o impacto foi de R$ 8,867 bilhões.