Atacadões criam empecilhos para a pesquisa de preço

Visando facilitar a vida do consumidor, desde o mês de abril o Jornal Meio Norte divulga toda semana a pesquisa de preços.

O Makro e o Atacadão Carrefour estão criando empecilhos para a consulta de preços. | Reprodução
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Os economistas orientam e a dona de casa já sabe: Pesquisar o menor preço é a melhor forma de economizar na hora de fazer o supermercado. A regra vale principalmente para quem opta pelas compras no atacado, esperando reduzir ainda mais os gastos.

Seguir a dica de pesquisar antes das compras parece simples, mas não é exatamente assim que acontece. Visando facilitar a vida do consumidor, desde o mês de abril o Jornal Meio Norte divulga - todas as quartas-feiras - a pesquisa de preços dos principais supermercados e atacadões da capital.

Porém, nos últimos meses, o Makro e o Atacadão Carrefour estão criando empecilhos para a consulta de preços.

As dificuldades criadas vão desde a obrigatoriedade de pedir permissão à gerência para realizar a pesquisa, até a tentativa de interferir nos critérios adotados desde o início do projeto, que tomam como base os preços das marcas mais conhecidas no mercado.

No Atacadão Carrefour, o pesquisador é obrigado a entrar pela porta dos funcionários, tem o número da identidade e o de telefone registrados, além de usar um crachá identificador. O mesmo acontece no Makro.

Para o conciliador do PROCON, Campelo Júnior, o consumidor tem direito à informação. ?Ao tentar dificultar a pesquisa de preços, o estabelecimento prejudica o preceito de livre concorrência, já que o levantamento é feito nas principais redes de supermercados e atacadões?, afirma Campelo. Aliado a isso, deve-se considerar que a divulgação do ranking dos menores preços representa um serviço de interesse público.

SUPERMERCADOS - A pesquisa semanal realizada pelo Jornal Meio Norte nos quatro grandes centros de compras do teresinense revela que o valor da cesta básica e dos produtos pesquisados apresentou uma leve alta desde o início da sua realização, em abril de 2012.

Alguns produtos, como arroz e feijão, mantiveram um equilíbrio de preços até certo tempo, mas desde o mês de junho vem oscilando com preços para mais. Esse aumento - pequeno, mas confirmado - não passou despercebido pelo crivo do consumidor.

Para os especialistas o aumento dos preços de produtos básicos adquiridos nos supermercados é reflexo do crescimento do mercado consumidor e do aumento da inflação do período, comparada com a registrada no início das atividades da pesquisa semanal de preços nos supermercados da capital.

Outro ponto que tem sido aspecto de reclamação por parte dos clientes é o desrespeito aos direitos do consumidor como o fato dá má precificação dos produtos das gôndolas e o não funcionamento dos pontos de consulta via código de barras.

A pesquisa de preços realizada nos principais supermercados da capital mostrou uma diferença significativa de preços entre o estabelecimento mais caro e aquele que ofereceu o menor preço. O Hiper Bom Preço foi, nesta semana, o mais vantajoso com a cesta total de produtos sendo encontrada por R$ 306,98 .

Em segundo lugar veio o Extra, com total de R$ 3317,94, seguido em terceiro lugar pelo Pão de Açúcar com total de R$ 339,91. O estabelecimento que se mostrou mais caro para o bolso do consumidor foi o Comercial Carvalho com um total de R$ 354,77.

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