Graduado em Física, mestre e doutor em Física, Gildário Dias Lima sempre atuou com a Física Aplicada, tendo a robótica como área de preferência. Em 2015, ele explica que com a interação com estudantes dos ensinos Médio e Fundamental, percebeu a necessidade que existia dentro do cenário da educação de uma ferramenta que ajudasse os professores a trabalhar com tecnologia em sala de aula.
"Partindo desse princípio ajudei a desenvolver um método que fundamenta de maneira mais científica esses princípios e como todo pesquisador sonha, sempre desejei ver esse método na prática", disse Gildário.
Para ver o método funcionando, Gildário se aventurou no cenário do empreendedorismo. Criou então a startup Tron no Piauí, inspirada no método Tron. "Para entregar essa solução funcionando para escola comecei a minha inserção no cenário do empreendedorismo", diz, resumindo que foi um pesquisador que sonhava em ver a solução na ponta.
O resultado deu certo, em 2020, a startup Tron é uma empresa PID, por ser fundamentada por pesquisadores, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que olha para o contexto social, principalmente, a área de educação e tenta desenvolver soluções com a mediação dos robôs.
"Mesmo com cenário de pandemia, submetemos a startup Tron a uma avaliação de mercado, contratamos uma empresa de São Paulo, que fez um estudo no final de 2020. Ela foi avaliada em 35 milhões. Acredita-se que essa avaliação melhorou, porque de 2020 para cá estamos conseguindo contornar a crise gerada pela pandemia no mercado da educação e a nossa estimativa é que até o final do ano a empresa seja avaliada em 50 milhões de reais", diz.
A aplicação da Tron é para toda e qualquer pesquisa que envolve robótica e educação. "Nosso foco é transformar o cenário da educação com o uso da mediação dos robôs. É a Robótica aplicada à educação", diz, enfatizando que toda vez que se pensar em educação e tecnologia, há que se falar do escopo da Tron.