Para quem adora um tempero diferente na comida, ir ao supermercado tem sido uma tarefa difícil, isso porque o preço do azeite tem sido um dos maiores já registrados. Pelas prateleiras valores que vão de R$ 40 ou R$ 50, estão cada vez mais presentes, e o valor não deve cair tão cedo.
De janeiro a dezembro de 2023 o valor do azeite disparou em cerca de 37%. A análise foi feita com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15). Os dados da inflação do produto foram divulgados no último dia (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mas se engana quem pensa que a culpa é do governo brasileiro. A alta se deve por conta da forte seca que afeta países da europa, responsáveis pela grande produção do azeite. Com isso a safra reduziu e afetou todo o mercado consumidor do produto que é exportado para todo o mundo.
E não é só o Brasil que sofre com isso, Portugal é outro país que vem sendo castigado com os altos valores. Como base, uma garrafa de 750 ml da versão extravirgem custava cerca de 4,65 euros (R$ 24,50), em meados de 2022. O aumento foi tão expressivo que atualmente a versão custa em média 9,03 euros (R$ 47,56).
E não há previsão de que a inflação do produto dê uma trégua tão cedo. Por conta do fenômeno El Niño, a mudança de temperatura nesses países só deve começar a partir de março. De acordo com especialistas, os resultados dessa nova mudança no primeiro trimestre, só devem ser sentidos no segundo semestre.