A balança comercial do Brasil registrou um superávit expressivo em janeiro, impulsionado por uma série de fatores econômicos favoráveis. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o superávit atingiu US$ 6,527 bilhões, representando um aumento de 185,6% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. É o melhor resultado da balança para o meses de janeiro.
Essa marca representa o melhor resultado já registrado para o mês de janeiro e foi impulsionada por diversos elementos. Entre eles, destacam-se a queda nas importações de combustíveis e compostos químicos, bem como a colheita recorde de soja e café.
No que diz respeito ao desempenho mensal, as exportações aumentaram, enquanto as importações permaneceram estáveis em janeiro. As vendas para o exterior atingiram US$ 27,016 bilhões, marcando um aumento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o maior valor já exportado para meses de janeiro desde o início da série histórica. Enquanto isso, as importações totalizaram US$ 20,49 bilhões, registrando apenas uma leve queda de 0,1%.
O setor agropecuário teve um papel significativo nesse desempenho, com a safra recorde de grãos impulsionando as exportações. Além disso, o aumento do preço do açúcar e do minério de ferro contribuiu para compensar a queda nos preços de algumas commodities no mercado internacional. Por outro lado, as importações foram influenciadas principalmente pelo declínio nas compras de petróleo, derivados e compostos químicos.
Após atingir recordes em 2022, em meio ao início do conflito entre Rússia e Ucrânia, os preços das commodities têm mostrado uma tendência de queda desde meados de 2023. No entanto, o minério de ferro tem sido uma exceção, com sua cotação reagindo devido aos estímulos econômicos implementados pela China, seu principal comprador.
No geral, o volume de mercadorias exportadas aumentou, enquanto os preços caíram em média em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas importações, houve um aumento na quantidade adquirida, mas os preços médios diminuíram.
As projeções do governo para o ano de 2024 apontam para um superávit de US$ 94,4 bilhões, representando uma queda de 4,5% em relação a 2023. Prevê-se um aumento nas exportações e importações devido à recuperação da economia, embora as previsões ainda sejam um pouco mais otimistas do que as do mercado financeiro.