BC mantém em 7,3% a previsão de crescimento

De acordo com instituição, crescimento do PIB foi sustentado pelo consumo.

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O Banco Central manteve a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 7,3%, informou a autoridade monetária nesta quinta-feira (30) por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre. Se confirmada, será a maior taxa de expansão desde 1986 - quando o país cresceu 7,49%.

A estimativa do Banco Central para o crescimento da economia brasileira neste ano está abaixo da previsão do mercado financeiro, que já supera 7,5%, mas está um pouco acima da projeção oficial do governo que consta no orçamento federal de 2010, que é de 7,2%.

Acomodação

"O ritmo de crescimento dos principais indicadores da economia brasileira experimentou relativa acomodação no decorrer do segundo e no início do terceiro trimestres do ano. Mesmo neste ambiente ? expresso no desempenho das vendas varejistas e da indústria ? o PIB registrou aumento, na margem, no trimestre encerrado em junho", informou a autoridade monetária.

Segundo a avaliação do BC, o "expressivo" crescimento acumulado pelo PIB no primeiro semestre ( de 8,9%, de acordo com dados do IBGE) foi sustentado pelo dinamismo da demanda interna, com ênfase no desempenho dos investimentos e do consumo das famílias.

"Assim, a persistência de condições favoráveis no mercado de trabalho, a expansão das operações de crédito e a manutenção das expectativas em patamar elevado constituem o ambiente propício à continuidade do crescimento da economia nos próximos meses", acrescentou a instituição.

Emprego em alta

O BC lembrou que os indicadores do mercado de trabalho seguem registrando recuo da taxa de desemprego e aumentos na ocupação e no rendimento real, e acrescenta que, em sua visão, essa trajetória "benigna" deverá se intensificar nos próximos meses "em ambiente de aumento da demanda por trabalho temporário relacionado ao período censitário, ao processo eleitoral e à proximidade do final do ano.

Setores

Segundo a expectativa da autoridade monetária, a indústria deverá crescer 10,9% neste ano, contra a expectativa anterior de expansão de 11,6%. A indústrria extrativa mineral teve sua previsão de crescimento revista de 9,4% para 11,8%, e a indústria de transformação deverá avançar 11% em 2010, contra a projeção anterior de 12,3% de crescimento.

A previsão de crescimento da construção civil passou de 13,3% para 12,1%. Já o setor de agropecuária deverá registrar uma expansão de 6% neste ano. Até o momento, o BC vinha prevendo crescimento de 5,4% em 2010 para este setor.

Para o setor de serviços, a expectativa do Banco Central é de um crescimento de 5,2% neste ano (contra a previsão anterior de 5,3% de expansão), sendo 8,6% a taxa de crescimento do comércio, na comparação com os 9% de aumento previstos em junho pela autoridade monetária.

Pela ótica da demanda, a estimativa para o consumo das famílias permaneceu em 7,2% de crescimento. Sobre os investimentos, a previsão de crescimento do BC para 2010 subiu de 17,1%, em junho, para 17,5% de expansão.

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