O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por diminuir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (31), passando de 11,75% ao ano para 11,25% ao ano. Esse quinto corte consecutivo na taxa básica de juros teve início em agosto de 2023 e foi uma decisão unânime. Com a taxa em 11,25%, esse é o menor nível registrado desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano.
No comunicado divulgado após a reunião, o Copom indicou a possibilidade de novos cortes na Selic no mesmo patamar (0,5 ponto percentual) nas próximas reuniões. Além disso, o Copom reforçou a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária.
Para 2024, o governo visa atingir um déficit zero nas contas públicas. Entretanto, em declarações anteriores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou dúvidas quanto à viabilidade dessa meta.
O Copom, composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e oito diretores da autarquia, teve sua primeira reunião com a nova composição nesta semana.
A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, influenciando todas as taxas de juros do país.
O Copom avaliou que o ambiente externo permanece volátil, especialmente devido ao debate sobre o início da flexibilização da política monetária nas principais economias.
No Brasil, o Copom estima que a inflação ao consumidor mantém uma trajetória de desinflação, enquanto destaca a necessidade de serenidade e moderação na condução da política monetária.
O calendário de reuniões do Copom para 2024 inclui sete encontros ao longo do ano, onde a taxa básica de juros será revisada.
A redução da taxa Selic era amplamente esperada pela maioria dos economistas, que projetam um declínio contínuo da taxa de juros ao longo de 2024, terminando o ano em 9% ao ano.