Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3) na revista Nature Medicine revelou que o programa Bolsa Família (BF) contribuiu para uma redução significativa nos casos de tuberculose e na mortalidade pela doença. Segundo o estudo, realizado entre 2004 e 2015, o BF foi responsável pela redução de 59% nas novas infecções e 69% das mortes. Uma pesquisa, conduzida por instituições como o ISGlobal e a UFBA, analisou dados de 54,57 milhões de brasileiros de baixa renda.
impacto nos grupos mais vulneráveis
A pesquisa também destacou os efeitos positivos do programa em grupos mais vulneráveis, como indígenas e pessoas em extrema pobreza. Para os indígenas, a redução foi de 63% nos casos e 65% das mortes, enquanto para a população em pobreza extrema, a queda foi de 49% nas infecções e 60% na mortalidade. Entre os negros, o impacto foi semelhante à população geral, com 58% de queda nos casos e 69% nas mortes.
O estudo analisou dados do CadÚnico e cruzou informações sobre infecções e óbitos registrados nos sistemas de saúde, como o Sinan e o SIM. A metodologia, que preserva a privacidade dos dados, ajustou os valores de acordo com variáveis como idade, sexo e raça, permitindo um panorama detalhado do impacto do Bolsa Família na saúde pública.
efeito na saúde
Os pesquisadores afirmam que, além de reduzir a pobreza e melhorar o acesso a alimentos e transporte, o Bolsa Família tem um efeito específico na saúde, funcionando quase como uma "vacinação" para as populações mais afetadas pela pobreza. Eles enfatizaram que a redução da tuberculose foi especialmente significativa entre os mais pobres, com um impacto dez vezes maior nos indivíduos em situação de extrema pobreza.
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