Bovespa cai mais de 2% e fecha no menor nível desde outubro de 2011

Ibovespa fechou a semana com queda de 2,39%, aos 51.618 pontos. Ações da Gafisa caíram mais de 10%.

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de mais de 2% nesta sexta-feira (7), no menor patamar desde outubro de 2011, um dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor"s fazer um alerta sobre a saúde da economia brasileira e rebaixar para "negativa" a perspectiva do rating do país.

O Ibovespa fechou o dia com queda de 2,39%, aos 51.618 pontos. Na semana, a bolsa acumulou perda de 3,53%, ampliando a perda no ano para 15,3%.

As ações da Gafisa lideraram as baixas do índice, com tombo de mais de 10%. Nesta sexta, a companhia anunciou a venda do controle da Alphaville Urbanismo por R$ 1,4 bilhão.

"A bolsa já caiu tanto que pode ser que haja algum repique nos próximos pregões, mas é coisa de curto prazo, porque a tendência do mercado é de baixa", disse à Reuters operador Douglas Ramos Pinto, da BGC Liquidez em São Paulo.

A Bovespa já iniciou o pregão desta sexta-feira caindo forte, após a S&P ter revisado na noite da véspera a perspectiva para o rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa", citando o fraco crescimento econômico e a política fiscal expansionista do país.

"Isso assusta um pouco", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital no Rio de Janeiro, citando que a notícia soma-se à crescente percepção de que o Brasil sofre com uma deterioração fiscal e da dinâmica de crescimento. "Das grandes economias, o Brasil é uma das que tem uma das situações mais delicadas do ponto de vista econômico", avaliou.

As ações das estatais federais Eletrobras e Petrobras, que também tiveram a perspectiva de rating revisada para "negativa" pela S&P, fecharam o dia no vermelho.

O Ibovespa chegou a reduzir as perdas durante o pregão, ajudado pelo bom humor dos mercados externos, mas o movimento durou pouco.

O aguardado relatório de emprego norte-americano mostrou que a maior economia do mundo está crescendo modestamente, mas não o suficiente para acelerar uma redução das medidas de estímulo do Federal Reserve, banco central norte-americano.

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