Bovespa desce 4,17%; dólar marca R$ 1,80

Em Nova York (Nymex), a cotação do barril de petróleo recua para US$ 96,88, em declínio de 4,12%

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A Bovespa (Bolsa de Valores de S?o Paulo), que chegou a despencar 5% no in?cio do preg?o, mant?m um ritmo de fortes perdas na jornada desta segunda-feira. A quebra do banco americano Lehman Brothers desperta temores de que outros grandes institui?es financeiras sigam pelo mesmo caminho. Tamb?m aumenta a avers?o a risco pelo investidor global, o que afeta diretamente commodities (mat?rias-primas) e a?es de mercados emergentes.

Em Nova York (Nymex), a cota??o do barril de petr?leo recua para US$ 96,88, em decl?nio de 4,12%.

O Ibovespa, principal ?ndice de a?es da Bolsa paulista, retrocede 4,71% e alcan?a os 49.975 pontos. O giro financeiro ? de R$ 4,08 bilh?es, um volume bastante consider?vel para o hor?rio.

A a??o preferencial da Petrobras, que responde por mais de 20% do giro total. cai 6,39%. Entre as piores quedas (no rol dos pap?is do Ibovespa), a a??o da BM&F-Bovespa cede 9,93%.

O d?lar comercial ? negociado a R$ 1,807 na venda, em alta de 1,45%. A taxa de risco-pa?s bate os 297 pontos, num avan?o de 12%.

Na Europa, as principais Bolsas de Valores registraram fortes perdas, a exemplo de Londres (decl?nio de 3,92%) e Frankfurt (baixa de 2,73%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York desaba 2,35%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que a crise americana ? "bastante s?ria", e embora tenha afirmado que o Brasil est? preparado, reconheceu que n?o ? poss?vel saber como devem se comportar as economias emergentes.

Para economistas, a crise pode afetar os emergentes pelo lado da demanda. A crise dos "subprimes" provocou uma contra??o na oferta de cr?dito que fatalmente afeta o consumo dos cidad?os nas economias centrais (EUA, Europa e Jap?o), o que atinge a demanda por commodities.

Lehman

O an?ncio do Lehman ? mais um epis?dio da crise dos cr?ditos "subprime", que abala o sistema financeiro americano h? cerca de um ano e est? na origem da desacelera??o das economias centrais. H? semanas, o mercado segue o "drama" do Lehman ? procura de um comprador e ainda sob expectativa de uma opera??o de resgate do governo dos EUA, em moldes semelhantes ao ocorrido com a Fannie Mae e a Freddie Mac, gigantes do setor setor hipotec?rio.

As duas expectativas, no entanto, foram frustradas: a "solu??o de mercado" se perdeu, com a desist?ncia dos potenciais compradores primeiro, o banco coreano KDB, e depois, o brit?nico Barclays e neste final, a derradeira "p? de cal" foi jogada, com a indica??o do governo americano de que n?o resgataria o banco de investimentos.

O an?ncio do Lehman tamb?m eleva o n?vel de nervosismo dos mercados devido ao fator "bola da vez". O mercado se lembra de que a situa??o do setor financeiro americano e europeu continua muito ruim e come?a a esperar pela pr?xima quebra.

Analistas lembram, com algum al?vio, de que a mais prov?vel e pr?xima "bola da vez" j? foi equacionada: o banco Merrill Lynch foi vendido ao Bank of America por US$ 50 bilh?es.

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