Bovespa registra sua segunda alta com expectiva sobre taxas de juros no Brasil e EUA

O principal fator que influencia os mercados é a expectativa com o anúncio das novas taxas

Bovespa registra sua segunda alta com expectiva sobre taxas de juros no Brasil e EUA | Divulgação
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A Bolsa de Valores de S?o Paulo (Bovespa) registra sua segunda alta consecutiva nesta quarta-feira (29), ? espera do an?ncio dos rumos nas taxas de juros no Brasil e nos EUA. Por volta das 11h30, o Ibovespa - principal indicador do mercado brasileiro - apontava valoriza??o de 1,06%, aos 33.740 pontos.

O principal fator que influencia os mercados ? a expectativa com o an?ncio das novas taxas de juros, tanto nos EUA quanto no Brasil, que ser? realizado na tarde desta quarta. Atualmente, a taxa brasileira de juros est? em 13,75% ao ano, enquanto a americana situa-se em 1,5%.

No EUA, a maioria dos analistas espera que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central do pa?s) reduza sua taxa de juros para combater o crescente temor de recess?o no pa?s.

J? no Brasil, os analistas est?o divididos sobre a postura que ser? adotada pelo Banco Central (BC) na reuni?o. Alguns apostam na eleva??o da Selic ? taxa de refer?ncia de juros no Brasil ?, e outros na queda. H? ainda um terceiro grupo que aposta na manuten??o dos ?ndices.

Outros pa?ses j? se adiantaram. O BC da China cortou sua taxa b?sica de juro e a taxa incidente sobre dep?sitos em 0,27 ponto percentual, o terceiro corte promovido pela autoridade monet?ria chinesa em seis semanas. Al?m disso, existe a expectativa de que tamb?m o Jap?o pode reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual.

No cen?rio nacional, o mercado aguarda a vota??o pelo Congresso da Medida Provis?ria que autoriza os bancos estatais a comprarem institui?es financeiras em dificuldades. Al?m disso, existe a expectativa que o governo anuncie linhas de cr?dito de cerca de US$ 3 bilh?es para o setor de constru??o civil, onforme adiantado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Tamb?m foi anunciado que a taxa de desemprego em seis regi?es metropolitanas do pa?s pesquisadas pela Funda??o Seade, em conv?nio com o Dieese, caiu para 14,1% em setembro, ante a taxa de 14,5% em agosto. A taxa ? a menor para um m?s de setembro desde 1998.

Mesmo assim, no entanto, o ?ndice de Confian?a da Ind?stria (ICI) registrou queda de 11,7% na passagem de setembro para outubro. Com ajuste sazonal, o ICI recuou ao menor n?vel desde janeiro de 2006, para 106,1 pontos.

Cen?rio externo

Na Europa, a maior parte das bolsas registra fortes ganhos. Por volta das 10h45 de Bras?lia, o ?ndice FTSE-100, de Londres, subia 5,51%. Na Fran?a, o CAC-40 apontava valoriza??o de 7,23%, enquanto o Ibex de Madri subia 7,92%. Em mil?o, o lucro era de 7,85% e em Estocolmo, de 4,45%.

Na contram?o, a bolsa de Frankfurt, na Alemanha, recuava 0,98%. Os investidores se desfazem das a?es da Volkswagen, que recuam cerca de 40%, ap?s not?cias de que a bolsa de valores alem? ir? cortar o peso de a?es no ?ndice DAX, depois de uma forte valoriza??o das a?es da montadora na v?spera, que fez dela a maior companhia do mundo por alguns instantes.

Na ?sia, o preg?o tamb?m foi de ganhos. O ?ndice Nikkei da bolsa de T?quio fechou em alta de 7,7%. Em Hong Kong, o ?ndice Hang Sang encerrou o preg?o com leve alta de 0,84%. O mercado acion?rio de Taiwan registrou alta de 0,15%. Na Austr?lia, o principal ?ndice acion?rio do pa?s teve valoriza??o de 1,3%. Em Xangai, a bolsa foi na contram?o dos demais mercados, e encerrou a quarta-feira com uma queda de 2,94%.

Disparada

Na ter?a-feira, a Bovespa teve um preg?o de euforia, rompendo uma seq?encia de cinco quedas consecutivas. O Ibovespa fechou em alta de 13,42%, aos 33.386 pontos. O giro financeiro ficou na casa dos R$ 4,9 bilh?es.

Foi a segunda maior alta da bolsa nacional no ano, atr?s apenas dos 14,66% registrados no dia 13 de outubro, com a rea??o a pacotes de ajuda ao setor financeiro em v?rios pa?ses. Mesmo com o resultado, a Bovespa ainda acumula perdas de 47,7% no ano e de 54,6% desde o pico de valoriza??o em 2008, no dia 20 de maio.

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