Brasil aumenta exportação de produtos agrícolas para África e Ásia

Para os países árabes do CCG, as exportações incluíram 270 toneladas de castanhas, nozes e amêndoas em 2023.

Exportações incluíram 270 toneladas de castanhas. | Divulgação
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No último ano, as exportações de produtos agrícolas do Brasil foram impulsionadas pela implementação de um serviço especializado para certificação sanitária desses produtos. Esse serviço, conduzido pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, permitiu que o governo brasileiro atendesse aos requisitos de segurança alimentar para a China, Marrocos e países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), como Arábia Saudita, Bahrein, Kuwait, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Para os países árabes do CCG, as exportações incluíram 270 toneladas de castanhas, nozes e amêndoas em 2023. Destacaram-se a exportação de 32 toneladas de castanha de caju para Omã, 16 toneladas de castanha do Brasil e 18 toneladas de noz-pecã para a Arábia Saudita, além do envio de óleo de coco para os Emirados Árabes Unidos.

A emissão da certificação sanitária pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), aliada à promoção comercial realizada pelos adidos agrícolas e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), contribuiu para a expansão do comércio internacional de produtos brasileiros. Entre os destaques das exportações estão 10,6 mil toneladas de café em grão para a Indonésia, representando um aumento de cerca de 100% em relação ao ano anterior, e 7,3 mil toneladas de pimenta-do-reino e 16 mil toneladas de óleo de soja bruto para Marrocos, este último representando a primeira vez que esse produto foi embarcado para o mercado marroquino.

Um novo mercado que se abriu foi o de polpa cítrica peletizada para a China. Graças a um acordo bilateral entre o Mapa e a autoridade aduaneira chinesa (GACC), foram exportadas 48 mil toneladas desse produto em 2023, marcando a primeira vez na história das relações comerciais entre Brasil e China que esse produto foi embarcado para esse destino.

Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, ressaltou que o departamento vem sendo estruturado para atender às exigências cada vez maiores dos mercados internacionais, com foco na qualidade, segurança e rastreabilidade dos produtos. O uso do autocontrole em algumas cadeias tem possibilitado ao Mapa realizar a certificação sanitária, agregando mais confiabilidade aos produtos exportados.

A certificação sanitária, um conjunto de procedimentos adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentovisa garantir a conformidade da qualidade dos produtos brasileiros perante o mercado internacional. Esses procedimentos incluem a checagem e avaliação da documentação de acordo com a legislação, e, se tudo estiver em conformidade, o certificado é emitido e disponibilizado junto à carga para embarque. É importante destacar que na emissão do Certificado Sanitário Internacional Vegetal (CSI), também são observadas as exigências acordadas ou comunicadas oficialmente pelos países importadores, sendo que o CSI não substitui os demais documentos exigidos na exportação de produtos de origem vegetal.

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