Os ministros de Energia do Brasil e da Argentina, Edison Lobão e Julio de Vido, anunciaram nesta quinta-feira (16) a construção de duas usinas hidrelétricas na Argentina. O projeto será financiado pelos dois países e cada um terá direito a 50% da energia que será produzida.
Lobão afirmou que uma nova estatal será criada para administrar as duas usinas. A empresa deve funcionar nos moldes de Itaipu, que opera a hidrelétrica de mesmo nome e cujo controle o Brasil divide com o Paraguai.
"Vamos criar uma empresa, se necessário vamos fazer mais ou menos nos moldes de Itaipu, com os aperfeiçoamentos que forem necessários", disse Lobão, após se reunir com o colega argentino em Brasília.
Ainda não há estimativa do custo para construir as duas usinas. Segundo o ministro, cada uma delas deve ter um pouco mais de mil megawatts de potência.
O ministro brasileiro disse ainda que a licitação para escolha dos projetos executivos das duas usinas ? que deverão se chamar Panambi e Garabi ? deve acontece entre os dias 7 e 8 de março. A licitação, internacional, será em Buenos Aires.
"[O acordo para a construção das hidrelétricas] é um símbolo da integração na América do Sul. Na media em que Argentina e Brasil estão interligados até pelo sistema energético, estamos dando o segundo grande passo para a integração - o primeiro foi o Mercosul", disse Lobão.
Para Vito, o projeto binacional de energia "tem um efeito muito forte em toda a região" da América do Sul.
Petrobrás
O ministro argentino disse ainda que pretende se reunir com a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, para discutir os investimentos da empresa no país vizinho. De acordo com ele, a reunião ainda não está marcada.