Com um crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2024, o Brasil alcançou a segunda posição em um ranking de 53 países que já divulgaram seus resultados econômicos para o período, conforme levantamento da Austin Rating.
O primeiro lugar foi ocupado pelo Peru, que registrou um aumento de 2,4% no PIB. Na sequência do Brasil, estão Arábia Saudita e Noruega, ambos com crescimento de 1,4% no trimestre entre abril e junho.
Outros países destacados na lista incluem Irlanda, com um crescimento de 1,2%, e Holanda, com 1%. O desempenho do Brasil também superou o de economias avançadas como a Espanha e o Japão, que tiveram um crescimento de 0,8% no mesmo período.
Nos Estados Unidos, a maior economia global, o PIB aumentou 0,7%, assim como na China. Entre os países latino-americanos, além do Peru e do Brasil, o México registrou uma expansão de 0,2%, ficando em 12º lugar.
O Brasil superou a média de crescimento dos 53 países, que foi de 0,5%, e também ficou acima da média dos países do BRICS, cujo crescimento médio foi de 1,1% no segundo trimestre. O BRICS tradicionalmente inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e mais recentemente, nações como Arábia Saudita e Irã estão em processo de adesão ao grupo.
Ranking dos PIBs:
- Peru: 2,4%
- Brasil, Arábia Saudita, Noruega: 1,4%
- Irlanda: 1,2%
- Holanda: 1%
- Indonésia: 0,9%
- Croácia, Espanha, Japão, Sérvia, Tailândia: 0,8%
- China, Chipre, Estados Unidos, Malásia, Lituânia: 0,7%
- Dinamarca, Reino Unido: 0,6%
- Bulgária, Canadá, Filipinas, Polônia: 0,5%
- Singapura, Eslováquia, Islândia, Hong Kong: 0,4%
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating e responsável pelo ranking, destacou que o resultado do PIB brasileiro foi significativamente melhor do que o previsto. Ele enfatizou o desempenho do setor industrial, que cresceu 1,8% no período, e também destacou o setor de serviços, que avançou 1%, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e pela taxa de desemprego em níveis historicamente baixos.
Apesar do cenário econômico positivo, Agostini alertou que o crescimento acelerado pode aumentar as pressões para uma elevação das taxas de juros, uma possibilidade já discutida pelo Banco Central. Além disso, o consumo governamental teve um papel importante, refletindo um aumento significativo nos gastos públicos.