O Brasil gerou 756 mil postos de trabalho em 2010, fazendo com que a taxa de desemprego ficasse em 11,9% - abaixo do registrado em 2009 quando ficou em 15% - segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O total de vagas criadas foi suficiente para empregar as 347 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho no ano passado e a grande maioria dos trabalhadores que estavam desempregados em 2009.
O número geral de ocupados nas sete regiões metropolitanas no ano passado foi estimado em 19,4 milhões de pessoas. Em 2010, os mercados de trabalho das regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza foram os que mais contrataram.
Em números absolutos, a região metropolitana de São Paulo ainda responde por cerca de metade de todos os empregados nas sete cidades. O setor de serviço criou 375 mil postos de trabalho no ano, alta de 3,7% em relação a 2009. Esse número representa pouco mais de 1 em cada 3 vagas de emprego criadas no ano.
No setor de comércio, foram criados 132 mil postos de trabalho, enquanto a indústria respondeu pela geração de 191 mil. Os números são maiores que os de 2009, quando a crise causou o maior fechamento de vagas neste setores.
O maior crescimento de empregos entre 2009 e 2010 ocorreu na construção civil. Foram 95 mil vagas, um aumento de 8,2% nas vagas criadas.
São Paulo
Somente na cidade de São Paulo, a geração de empregos superou a expansão do número de pessoas que passaram a procurar emprego (PEA, População Economicamente Ativa). Foram 370 mil vagas criadas para 193 mil novos profissionais do mercado.
No ano passado, 1,27 milhão estavam desempregados na região metropolitana paulista enquanto 9,4 milhões tinham algum tipo de ocupação.