Para acabar até 2022 com o atual deficit de sete milhões de moradias, o Brasil precisa investir, aproximadamente, R$ 260 bilhões, segundo revelam dados preliminares de levantamentos feitos para a 9ª edição do Construbusiness - evento a ser realizado no próximo dia 29 de novembro pelo Deconcic (Departamento da Indústria da Construção) da Fiesp.
Conduzidos pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e pela LCA Consultoria, os estudos apontam ainda que o Brasil precisa resolver questões como funding para financiamento, recursos para subsídios, escassez de mão de obra qualificada, de material e equipamentos e de terrenos.
Além disso, segundo a Agência Indusnet Fiesp, problema com as aprovações de projetos nas prefeituras, licenciamento ambiental, concorrência desleal com importações, carga tributária e industrialização da construção também devem ser enfrentados pelo governo.
Segundo a FGV, entre 2008 e 2009, o país investiu R$ 140,8 bilhões para acabar o déficit habitacional. O montante equivale a pouco mais da metade do valor a ser investido nos próximos 12 anos.
Em São Paulo, a maior capital do país, dados apresentados pelo secretário de habitação do município, Ricardo Pereira, o déficit habitacional atinge cerca de 810 mil famílias, considerando tanto aquelas que vivem em áreas de risco, como as que necessitam apenas de obras de infraestrutura e de processo de regularização fundiária para se integrarem à cidade formal.
Ainda de acordo com o secretário, entre 2010 e 2024, o crescimento populacional da cidade pode elevar o déficit em 610 mil novas unidades, o que demandará em torno de R$ 3,4 bilhões ao ano em recursos e 39 quilômetros quadrados de terreno.