Brasil retoma o comando do Brics no próximo ano; saiba o que esperar

O tema da presidência brasileira será “Fortalecendo a cooperação do sul global para uma governança mais inclusiva e sustentável”.

Foto Oficial da XV Reunião da Cúpula do BRICS - Presidentes Lula, Xi Jinping (China) e Cyril Ramaphosa (África do Sul); o primeiro-ministro Narendra Modi (Índia); e o ministro Sergey Lavrov, das Relações Exteriores da Rússia (da esquerda para a direita) | Divulgação
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Termina nesta quinta-feira (24/10) a 16ª Cúpula do Brics, realizada em Kazan, Rússia. Durante o evento, ocorrerá a transição da presidência russa para o Brasil, que assumirá o comando do grupo em janeiro de 2025. O mandato terá duração de um ano.

DISCURSO DE LULA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso na sessão plenária de líderes, revelou que o tema da presidência brasileira será "Fortalecendo a cooperação do sul global para uma governança mais inclusiva e sustentável".

Dessa forma, pautas discutidas no G20, como a reforma dos mecanismos de governança global e o desenvolvimento sustentável, continuarão a ser destaque na agenda do Brics em 2025.

Lula também enfatizou que sua gestão buscará promover "um mundo multipolar e relações internacionais menos assimétricas".

Dilma no Brics: apoio à cooperação com o sul global

Outro ponto que deve ser discutido no Brics é a criação de um sistema de pagamentos para facilitar as transações comerciais entre os países-membros, reduzindo a dependência do dólar.

Lula abordou esse tema durante seu discurso na cúpula: "Não se trata de substituir nossas moedas, mas de garantir que a ordem multipolar desejada se reflita no sistema financeiro internacional", afirmou o presidente.

Sob a presidência brasileira, as atividades do bloco deverão ocorrer principalmente no primeiro semestre de 2025, pois o Brasil também sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), no segundo semestre. A COP30 será um dos temas centrais deste mandato de Lula.

A última vez que o Brasil esteve à frente do Brics foi em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

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