De acordo com o índice Big Mac, o real está valorizado mais de 10% em relação ao dólar, e tem o quarto Big Mac mais caro do mundo, que custa US$ 4,94. O índice é calculado pela revista britânica "The Economist" e foi divulgado nesta quinta-feira (26).
Segundo a publicação - uma das mais respeitadas publicações de economia e negócios do mundo - , o índice leva em conta a paridade do poder de compra, ou seja, o que o dinheiro de um país compra para calcular o valor da taxa de câmbio. A diferença é que o índice Big Mac só calcula o valor necessário para comprar um lanche Big Mac, enquanto os cálculos tradicionais consideram uma cesta de produtos.
Por estar presente em mais de 120 países, o produto-símbolo da proliferação da cultura do fast-food é considerado um bom termômetro de quanto o consumidor de cada local pode comprar.
Assim, a taxa de câmbio é calculada a partir do preço do Big Mac em cada país. No Brasil, o lanche custa US$ 4,94, enquanto na Rússia, só US$ 2,29. O Big Mac mais barato é comprado em Hong Kong, por US$ 2,13 e o mais caro é o da Venezuela, de US$ 7,92.
Ou seja, com uma mesma quantia se compra muito mais Big Mac em Hong Kong que no Brasil, o que mostra que o dólar de Hong Kong está desvalorizado e o real está caro. Por a China ter o Big Mac mais barato do mundo, de acordo com o índice, o yuan é a moeda mais desvalorizada: está mais de 50% abaixo do dólar. Com o Big Mac mais caro do mundo, a Venezuela tem a moeda mais valorizada: o bolívar está 83% acima do dólar.
O índice calculou o valor de moedas em relação ao dólar e o preço de Big Mac em 18 países, ele é produzido há mais de 25 anos pela revista.