O desemprego no país continuou a cair em setembro e atingiu a menor taxa desde o início da Pesquisa Mensal de Emprego, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2002. A taxa de desocupação ficou em 6,2% no mês passado, com 1,5 milhão de pessoas sem emprego. Antes, a menor taxa havia sido registrada em agosto: 1,6 milhão estavam sem trabalho, ou 6,7% da população.
Entre agosto e setembro, a desocupação recuou 0,5 ponto percentual ? o que representa em torno de 100 mil pessoas a menos no desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).
Desde setembro de 2009, pouco mais de 319 mil conseguiram algum trabalho. O percentual de desempregados, na época, era de 7,7%. De janeiro a setembro, a desocupação recuou 17,7%.
O estudo, divulgado nesta quinta-feira (21), mostra que 22,3 milhões de pessoas tinham algum tipo de trabalho em setembro. O número é 0,7% maior em relação a agosto e 3,5% superior ao verificado no mesmo mês de 2009.
O total de pessoas com carteira assinada praticamente não mudou de um mês a outro ? em setembro, o número continuou na casa dos 10,3 milhões de profissionais. Ainda assim, esse dado é 8,6% maior do que o registrado no nono mês do ano passado.
O salário médio, por sua vez, aumentou de R$ 1.472,10 para R$ 1.499 (ou 1,3% de um mês a outro). Em setembro de 2009, esse valor era de 1.411,10. Segundo o IBGE, a região metropolitana é onde são pagos os maiores salários aos trabalhadores (R$ 1.592,74, em média), enquanto o Recife ocupa a outra ponta (R$ 1.082,95, em média).
Em todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas, a renda do trabalhador cresceu entre agosto e setembro: Recife (1,9%), Salvador (1,2%), Belo Horizonte (1,7%), Rio de Janeiro (2,7%), São Paulo (0,4%) e Porto Alegre (1,3%). Na comparação com setembro do ano passado, os aumentos mais expressivos ocorreram em Recife (13,5%) e Belo Horizonte (11,4%).
A massa de rendimento (um tipo de soma de todos os ganhos das pessoas ocupadas da pesquisa) ficou em R$ 33,8 bilhões. Esse número é 2,1% maior do que o de agosto e 10,1% superior ao de setembro de 2009. Já a renda domiciliar per capita (renda média de um membro de uma família) aumentou para R$ 999,35.