A maioria das pessoas que procura um financiamento imobiliário primeiro busca o imóvel de interesse para só depois saber se as parcelas e a renda necessária se enquadram à sua realidade, aponta estudo apresentado nesta segunda-feira (4) em evento promovido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) em parceria com o portal ZAP Móveis.
A pesquisa foi feita de 1º de outubro de 2012 a 31 de janeiro de 2013, e envolveu 8,2 mil usuários do portal ZAP no processo de pesquisa para financiamento.
De acordo com o estudo, apenas 17% dos interessados em financiamento imobiliário iniciaram o processo de pesquisa de um imóvel pelas páginas do financiamento, com o intuito de descobrir o valor da prestação e o total de crédito que podem conseguir.
Os 83% restantes fazem o movimento contrário, ou seja, primeiro buscam o imóvel para só depois descobrir se vão conseguir financiá-lo ou não.
"A gente monitora as pessoas que estão buscando um imóvel e querem fazer financiamento (...), 83% começaram essa análise de financiamento só depois de terem pesquisado o imóvel antes, enquanto 17% fizeram o processo inverso, ou seja, o quanto eu consigo financiar para depois olhar o imóvel", explica o especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata, que apresentou o estudo. "Ela fala, adorei essa cobertura aqui nos Jardins, depois eu vou ver se posso pagar", diz.
Apesar de não existir uma regra, Prata orienta que o melhor é primeiro pesquisar qual tipo de imóvel é possível financiar, para depois iniciar as pesquisas. "Não tem muito certo e errado, o que tem é nivelamento com a realidade, quem vai primeiro no financiamento, tem mais clareza do que ele pode comprar, do que cabe no bolso", avalia.
Prata acredita, contudo, que pesquisar primeiro o financiamento é o melhor caminho, para não acontecerem futuras frustrações. "Começa primeiro vendo o quanto que pode pagar e quanto vai conseguir financiar. O processo de compra de imóvel ainda é muito emocional. Muita gente fica frustrada e acaba desistindo da compra do imóvel porque pensa "o que eu quero não posso comprar", avalia.