Os brasileiros estão evitando resgatar os recursos que têm aplicados na poupança. A queda nos resgates é o principal ingrediente que vem fazendo a caderneta de poupança bater recordes seguidos na captação líquida (depósitos menos resgates) este ano.
Neste mês de julho, os depósitos em poupança superaram as retiradas em R$ 8,252 bilhões, segundo o Banco Central. É o melhor resultado para o mês de julho da série histórica do BC, que começa em 1995.
Os dados do BC mostram que neste mês de julho os depósitos na poupança somaram R$ 109, 594 bilhões, o que significa uma queda de quase 2% se comparado ao mesmo mês do ano passado. Já os resgates, ficaram em R$ 101,342 bilhões em julho, o que representa uma queda de 4% em relação a julho de 2011.
Os depósitos antigos mantiveram o cálculo de TR mais 6% ao ano, uma rentabilidade bastante atraente numa economia onde a taxa de juro básica está rodando a 8% ao ano e a poupança ainda tem isenção de IR.
Assim, os brasileiros estão empenhados em manter seus depósitos antigos e adiando ao máximo fazer saques dessas contas.
Já os depósitos novos passaram a ser remunerados com 70% da taxa Selic mais TR sempre que o juro básico da economia for igual ou menor do que 8,5% ao ano.