A briga comercial entre os dois gigantes da economia mundial pega fogo cada dia. O presidente dos EUA, Donald Trump, proibiu na quarta-feira (16) que as redes de telecomunicações dos EUA forneçam equipamentos a empresas estrangeiras consideradas de risco - uma medida que visa as empresas chinesas primeiro. Uma guerra comercial e tecnológica vis-a-vis está por vir. Com informações do Jornal Le Monde.
Em plena tensão comercial com Pequim, o presidente declarou uma "emergência nacional" para fazer esse decreto que era esperado e que visa, em particular, o grande grupo chinês de telecomunicações Huawei, por um longo tempo na mira das autoridades dos EUA. Medida tão justificada pela Casa Branca:
"Os oponentes estrangeiros estão explorando cada vez mais vulnerabilidades nos serviços e infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação dos EUA. "
Trump afima que as empresas chiinesas podem estar espionando os dados econômicos e industriais dos ameriocanos.
Na esteira dessa decisão, a China advertiu os Estados Unidos contra "uma violação" das relações comerciais entre Washington e Pequim. Em uma entrevista coletiva, um porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, alertou:
"Pedimos aos Estados Unidos que ponham fim às suas ações ilícitas (...) para evitar mais danos às relações econômicas e comerciais [ entre os dois países]. "
As restrições dos EUA a equipamentos de telecomunicações estrangeiros em risco "interferem nos direitos legítimos da Huawei ", disse o grupo de tecnologia da China.
Um impacto
O decreto é a medida mais severa tomada pelo governo de Donald Trump contra o setor tecnológico chinês em rápida expansão, particularmente nos mercados emergentes da África, América Latina e Ásia.
Para o líder mundial em equipamentos de telecomunicações, o impacto deste decreto é, no entanto, mais simbólico do que econômico. A Huawei, cujo faturamento atingiu 93,5 bilhões de euros em 2018, realiza a maior parte de suas vendas na Ásia e na Europa, representando as Américas apenas 6,6% de seu resultado anual. Mas o gigante chinês, que pretende liderar a corrida na 5G tem enfrentado desde novembro de 2018 até a onda global de suspeita sobre a segurança de seus equipamentos de telecomunicações.
A Apple também será afetada com a medida, a China promete aumentar o valor dos produtos americanos se o impasse continuar.