O número de campanhas de recall mais que triplicou em dez anos no Brasil. Em 2003, foram 33 campanhas, enquanto, no ano passado, os chamados saltaram para 109 ? um recorde histórico.
As informações fazem parte do Boletim Saúde e Segurança do Consumidor divulgado, nesta quarta-feira (15), pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão vinculado ao MJ (Ministério da Justiça).
De um ano para o outro, na comparação entre 2012 e 2013, o número quase dobrou ao passar de 67 para 109 .
A maior incidência ainda está concentrada no setor de veículos, com 61,56% das campanhas nos últimos dez anos. Em seguida, vêm os chamados motociclos, com 14,35%. Porém, em 2013, houve uma diversificação com recall de produtos de higiene pessoal, medicamentos, umidificador de ar, removedor de esmaltes, cadeiras infantis e até de plástico.
No setor de veículos, as campanhas são mais expressivas de automóveis, com 93,52% dos recalls entre 2003 e 2013, enquanto que as campanhas de caminhões totalizaram 4,92% e as de ônibus, 1,55%.
O Código de Defesa do Consumidor determina que, nos casos de produtos que apresentem defeitos, colocando em risco a saúde e segurança das pessoas, a empresa deve fazer uma campanha de chamamento para que o defeito seja corrigido. É o chamado recall. O procedimento não pode ter nenhum custo.
Para a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira, a campanha de recall indica que as relações pós-venda com o consumidor devem ser pautadas pelo respeito e transparência.