A caderneta de poupança registrou captação líquida de R$ 3,241 bilhões em outubro, informou nesta nesta quarta-feira (7), o Banco Central (BC). O resultado é diferença de R$ 110,132 bilhões em depósitos e R$ 106,890 bilhões em saques. Foi o melhor resultado para o mês de outubro desde o início da série histórica do BC, em 1995.
A captação líquida de outubro foi a menor desde que o governo alterou as regras de remuneração dessa modalidade de aplicação financeira, em maio. Em setembro, por exemplo, os depósitos na caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 5,95 bilhões.
Os números da série histórica do BC sugerem que a queda de setembro para outubro é sazonal. Em outubro do ano passado, os depósitos ultrapassaram os saques em R$ 1,073 bilhão, ante a uma captação líquida de R$ 4,179 bilhões em setembro.
No acumulado de janeiro a noutubro deste ano, o BC informou que os depósitos na caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 36,42 bilhões. Este é o maior ingresso para os dez primeiros meses do ano de toda a série histórica do banco.
Novas regras e cortes nos juros
A nova regra do governo atrelou os juros da poupança à taxa básica definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), para evitar que outras aplicações financeiras de renda fixa perdessem atratividade frente à poupança em função da queda do juro básico. Os recursos depositados a partir de 4 de maio rendem o equivalente a 70% da Selic mais Taxa Referencial (atualmente zerada).
Com a Selic em 7,25% ao ano, isso representa 5,075% ao ano ou 0,4134% ao mês. Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado, a taxa aplicável é a vigente na data em que se deposita, ou seja, a do início do período.
Para depósitos já existentes em 3 de maio deste ano, a remuneração continua sendo de 6,17% ao ano mais TR, o que significa 0,5% ao mês.