Casal gasta R$ 165 mil e transforma ônibus em lanchonete

Veículo tem energia a bateria e caixa d“água independente para funcionar

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Um casal de Ribeirão Preto (SP) gastou R$ 165 mil para transformar um ônibus coletivo em uma lanchonete para vender cachorro-quente. A ideia é do empresário Wilson César Martins, que ao lado da esposa Fabiana Guideti, demorou um ano e meio para concluir o projeto. Ele garante que desenvolveu todos os mecanismos para equipar o veículo de 18 metros, que ficará estacionado na Avenida 13 de Maio, mesmo ponto onde eles já mantêm um trailer para vender os lanches.

"Só o ônibus custou R$ 45 mil. Ainda tive um problema porque o motor dele fundiu. Mais R$ 20 mil", diz Martins. A lanchonete ambulante tem luz e água sem a necessidade de auxílio exterior. Tudo funciona a bateria e com a ajuda de uma caixa d?água, instalada em um compartimento na parte inferior do veículo. A cozinha fica no fundo e os clientes poderão acompanhar a preparação dos lanches.

Empreendedores

Juntos há oito anos, Fabiana e Martins se conheceram no comércio. Ele, hoje com 44 anos, era cliente e gostava muito dos lanches feitos pela atual esposa. "Eu vendia cachorro-quente para ele e um dia ele me cantou", disse Fabiana, de 36 anos. Desde então, os dois dividem as responsabilidades do estabelecimento. Transformar o ônibus em lanchonete era um sonho.

Dentro do veículo caberão 29 pessoas. Fora dele, mesas e cadeiras serão cobertas por dois toldos que aumentarão a capacidade de atendimento para 40 clientes. O ônibus foi customizado e recebeu as cores rosa e amarela, características da logomarca do negócio do casal.

Eles também investiram em tecnologia. Os pedidos serão feitos por celulares e tablets equipados com um sistema comprado especialmente para o serviço. "O cliente vai escolher e o pedido já sairá impresso para a gente. Será tudo mais fácil", conta Fabiana.

Agora, com o ônibus pronto, o casal precisa de no mínimo três funcionários para estrear a lanchonete ambulante. ?A gente precisa estar em pelo menos cinco pessoas - nós dois e mais três funcionários. E isso demanda tempo, pois todos que trabalham com a gente têm que aprender a fazer um cachorro-quente gostoso?, afirma a comerciante.

Expectativa

Com a inovação, o casal espera alavancar as vendas em 50%. Atualmente, cerca de 200 lanches são comercializados das 7h30 às 2h, horário de funcionamento do estabelecimento nos dias de semana. Aos sábados, o atendimento se estende até às 4h.

São 18 tipos de cachorro-quente e eles não sabem qual é o campeão de vendas. Mas, um dos destaques do cardápio é o dog ?Nordestino?. Em 2007, o lanche ganhou notoriedade ao ser exibido no "Fantástico" e se tornou o preferido dos clientes. "Quando aparecemos na matéria, a lanchonete ficou lotada. O pessoal comentou sobre o lanche por uns três meses", diz a orgulhosa Fabiana.

No ?Nordestino?, a combinação de ingredientes nada convencionais fez sucesso com a clientela. "Pão, salsicha, carne seca, abobora cabotiá, mussarela e batata palha, com maionese, catchup e mostarda", descreve Fabiana.

Segundo ela, o segredo para um bom cachorro-quente é a dosagem certa de cada ingrediente. "Não pode por muito de um e pouco de outro. O pão pode quebrar se você colocar muita maionese, por exemplo", revela.

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