A crise global de cr?dito empurrava o d?lar para cima nesta quinta-feira (13), um dia ap?s as medidas cambiais anunciadas pelo governo para conter a valoriza??o do real. A moeda, que chegou a subir quase 2%, tinha alta de 1,67% ?s 14h30, sendo vendida a R$ 1,702.
O calote de cerca de US$ 16,6 bilh?es de um fundo norte-americano roubou a cena nos mercados internacionais no dia, acabando de vez com a euforia provocada pela inje??o de capital feita pos v?rios bancos centrais nesta semana.
A onda de apreens?o derrubava as bolsas de valores, enfraquecia o d?lar perante outras moedas de peso, como o euro, e aumentava a alergia a risco entre os investidores. No Brasil, a Bovespa chegou a cair quase 3%.
A alta do d?lar "n?o tem nada a ver com as medidas (anunciadas pelo governo na v?spera)", diz Jorge Knauer, gerente de c?mbio do Banco Prosper. "O d?lar est? estressando por conta do mercado externo", ressalta.
Medidas
Foram tr?s medidas tomadas pela equipe econ?mica: o fim da cobertura cambial obrigat?ria para os exportadores, a suspens?o de IOF (Imposto sobre Opera?es Financeiras) nas opera?es cambiais dos exportadores e a cobran?a de 1,5% de IOF sobre os investimentos estrangeiros em renda fixa.
Mas o mercado est? c?tico quanto ? efic?cia do plano diante da queda global do d?lar e da enorme diferen?a entre os juros brasileiros e estrangeiros - que alimenta investimentos de curt?ssimo prazo como as opera?es de arbitragem. "? como abrir um guarda-chuva para n?o se molhar em um tsunami", comparou Alexandre Schwartsman", economista do ABN Amro, em relat?rio.
Economistas do banco UBS Pactual t?m avalia??o semelhante. "N?s estamos c?ticos quanto ? efic?cia de longo prazo de uma tributa??o t?o seletiva do fluxo de capital", comentaram em outro relat?rio.