Cerca de R$ 70 milhões já foram investidos nas Rodovias Transcerrados (PI-397) e Palestina (PI 262) no primeiro ano de atuação. A obra está em execução no Piauí com previsão de entrega no dia 28 de dezembro deste ano e, segundo o diretor-presidente da CS Grãos do Piauí, Márcio Protta, nestes dois primeiros anos o total de recursos investidos soma R$ 270 milhões. Com a conclusão, ao longo de 30 anos de concessão, a soma do total estimado investido será de R$ 800 milhões.
Desde o início do contrato, a empresa já concluiu a primeira fase do cronograma, com a entrega dos Trabalhos Iniciais de Recuperação da Rodovia, implantando 7 km de pavimento em local que antes era em leito natural e inaugurou o Centro de Controle Operacional (CCO) e a Base de Serviços Operacionais - BSO, no final de dezembro, para atendimento dos usuários, considerando serviço de guincho pesado, guincho leve, caminhão pipa e caminhão multiuso, além dos veículos de inspeção de tráfego que circulam 24 horas por dia para identificar os possíveis usuários que precisam de atendimento.
Segundo o diretor-presidente, nos dois primeiros anos de execução da obra que impacta financeiramente 25 municípios do Estado e uma população estimada em 200 mil pessoas.
Em entrevista ao Meio Norte, nesta segunda-feira, 16, até agora os recursos foram aplicados na instalação de 439 placas de sinalização, limpeza e roçada da faixa de domínio – que totaliza 9 milhões de m² –, e 24,8 km de terraplanagem e sub-base realizados, atividades que antecipam a pavimentação e melhoram a trafegabilidade da estrada. Além disso, 133 km de pintura, que envolvem sinalização horizontal, marcações no pavimento, delimitação de acostamentos, faixas de pedestres e de ultrapassagens, aviso de sentido de via, entre outros pontos que aumentam a segurança de todos que passam pela rodovia, foram finalizados.
Aliás, o diretor declara que já estão funcionando na rodovia os serviços de guinchos leves e pesados, caminhão boiadeiro, o centro de controle operacional e o serviço de atendimento 0800.
A base está localizada no KM 146 da PI 397, e segundo Protta, tem pontos de internet e qualquer problema detectado na rodovia, o usuário só precisa acessar à base para ser atendido.
Protta informa que a obra da Transcerrados está dentro do cronograma projetado para execução e conclusão de 144 km de implantação de pavimento até dezembro deste ano. “Na próxima etapa, vamos começar a construir 4 praças de pedágio, sendo três ao longo da PI 397 e uma na PI 262”, disse, enfatizando que com isso, completa todos os equipamentos da concessão.
A primeira praça de pedágio, inclusive, com previsão de entrega e início da cobrança para o mês de fevereiro de 2023 está localizada na PI-397 (Transcerrados), na altura do km 25, no munícipio de Uruçuí.
Impacto financeiro
Durante a execução da obra, Márcio Protta diz que a Grãos do Piauí já causa impacto financeiro nos municípios, pois na construção são empregados entre 400 a 500 pessoas diretamente, isso sem falar na hospedagem e comercialização de peças de mercado, matérias-primas. Além do mais, a mão de obra empregada a prioridade é a população da região.
“Quando a Transcerrados estiver totalmente pronta e começar a operar em sua totalidade, seja na rodovia, na parte administrativa, a concessão deve gerar 140 empregos fixos”, diz, enfatizando que o impacto econômico vai muito além dos empregos, pois gera imposto para os municípios por meio do ISS, provoca maior fluxo de atividades o que impactar a rede hoteleira e o setor de serviços dos municípios.
“A concessão tanto na parte das obras e quando começar a funcionar com a cobrança de pedágio para manutenção das rodovias, parte desses recursos vai para prefeituras através de ISS, que são pagos”, explica.
Mesmo a obra ainda em execução, o diretor diz que a Transcerrados já agiliza a exportação de grãos do estado. “Em pesquisas anteriores feitas com caminhoneiros, eles contam que faziam uma viagem por mês e hoje ainda com a obra em andamento é possível fazer mais de 14 viagens por mês”, informa, declarando que esta obra é muito esperada pela população dos municípios e, sobretudo, pelos produtores da região que precisam utilizar a rodovia.