A Heineken informou na quarta-feira, 16, que reverteu o prejuízo de 204 milhões de euros registrado em 2020 e obteve lucro líquido de 3,32 bilhões de euros em 2021. A receita da segunda maior cervejeira do mundo saltou 11,3% e atingiu a 21,941 bilhões de euros.
Contudo, o bom momento veio acompanhado de uma noticia não tão boa para os consumidores: novos aumentos de preços devem acontecer nas cervejas do grupo holandês Heineken em todo o mundo.
O avanço da inflação globalmente tem elevado os custos de produção a patamares jamais vistos pelos executivos e pressionado a mais reajustes, segundo o grupo.
A cervejaria diz que projeta um crescimento de custos por hectolitro (100 litros) na casa dos 15%, devido às posições de hedge e ao forte aumento nos preços de commodities, energia e frete.
“Compensaremos esses aumentos de custo de insumos por meio de preços em termos absolutos, o que pode levar a um consumo de cerveja menor”, disse Harold van den Broek, diretor financeiro do grupo, na teleconferência de resultados. De acordo com ele, apesar do cenário, a empresa continua a projetar uma margem de lucro operacional de 17% até 2023.
No quarto trimestre, o Brasil foi um dos países de melhor desempenho da empresa, com destaque para a marca Heineken e marcas como Amstel e a recentemente lançada Tiger. No país, os volumes cresceram mais de 10% de outubro a dezembro.