Em maio, o valor médio da cesta básica aumentou em 11 das 17 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Capitais com os maiores aumentos
Porto Alegre liderou as altas, com um aumento de 3,33% no custo médio, impactada pelas chuvas que atingiram a região. Florianópolis (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%) também registraram aumentos significativos. Por outro lado, Belo Horizonte (-2,71%) e Salvador (-2,67%) tiveram as principais quedas no custo da cesta básica.
Produto mais caro
O arroz foi um dos principais responsáveis pelo aumento nos preços. Entre abril e maio, o preço médio do arroz subiu em 15 capitais, variando de 1,05% em Recife até 16,73% em Vitória. As enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, reduziram a oferta, levando a aumentos de preços mesmo com a importação do grão. Natal e Goiânia foram as únicas capitais que não registraram aumento no preço do arroz.
Ação para conter aumento
Para tentar conter os preços, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou um leilão para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado. Essa medida tem como objetivo reduzir o preço do produto no mercado interno, contribuindo para aliviar a pressão sobre o custo da cesta básica nas cidades brasileiras.
Capital mais cara
São Paulo continua sendo a capital com a cesta básica mais cara do país, com um custo médio de R$ 826,85 em maio. Porto Alegre e Florianópolis seguem na sequência, com valores médios de R$ 801,45 e R$ 801,03, respectivamente. No Norte e Nordeste, as menores médias foram registradas em Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67).
Comparativo
Em comparação anual, entre maio de 2023 e 2024, todas as capitais analisadas pelo Dieese tiveram aumento no preço da cesta básica, exceto Goiânia, onde houve uma variação negativa de -0,05%. Baseado na cesta básica mais cara, que foi a de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo em maio deveria ser de R$ 6.946,37, ou 4,92 vezes o mínimo vigente de R$ 1.412,00, para cobrir todas as despesas essenciais de uma família.