O percentual de cheques devolvidos por falta de fundos em 2011 atingiu o maior nível em dois anos. Segundo indicador da Serasa Experian, 1,95% dos cheques compensados no ano passado não tinham fundos. Em 2009, o nível havia sido de 2,15% de devoluções em relação ao total.
Para os economistas da empresa, a elevação da inadimplência se somou ao ambiente de juros altos e maior inflacão e prejudicou a capacidade de pagamento dos consumidores brasileiros, que impactou no indicador.
Roraima apresentou o maior nível de devoluções no ano passado. No Estado, 12,48% dos cheques emitidos não tinham fundos. Na outra ponta ficou São Paulo, com 1,45% de folhas devolvidos.
O valor médio das dívidas com cheques cresceu 8,4% na comparação com 2010, para R$ 1.359.
A redução do percentual de cheques devolvidos em dezembro sinaliza, segundo a Serasa Experian, uma possível melhora para os próximos meses. No último mês do ano, o indicador caiu para 1,99%, ante os 2,19% registrados no mês anterior.
A tendência de queda no endividamento já havia sido apontado na apuração do índice de perspectiva da inadimplência, que cruza variáveis econômicas para tentar traçar um cenário com seis meses de antecedência.
O aumento do salário mínimo e a expectativa de novas reduções na taxa básica de juros explicam a previsão de melhora na capacidade de pagamento dos brasileiros neste ano. No ano passado, o índice de inadimplência do consumidor teve o maior crescimento desde 2002.