A General Motors apresenta nesta segunda-feira (5) na semi-desértica cidade de Mendoza, na Argentina, o hatch Chevrolet Agile (lê-se "ágile", lembrando a palavra ágil), compacto derivado do conceito GPix, mostrado pela primeira vez no Salão de São Paulo de 2008. Ele representa também a primeira cria da nova família Viva, que futuramente contará ainda com uma picape pequena e um SUV leve.
É no Agile, fabricado em Rosario, também na Argentina, que a GM aposta todas as suas fichas para alterar a relativa aridez da situação em que se encontra no momento. No mercado nacional, ocupa a terceira posição em participação, atrás de líder Fiat e da Volkswagen, e no plano internacional, observa a recuperação da matriz norte-americana, que quase quebrou durante o vendaval da crise econômica iniciada em outubro do ano passado.
O Chevrolet Agile, cujo lançamento acontece esta semana na Argentina
Primeiro modelo no mercado brasileiro a incorporar totalmente o novo DNA da Chevrolet, o Agile tem como característica marcante a ampla grade dianteira -- em forma de escudo e segmentada pela barra com a gravatinha dourada da marca --, pelos faróis compridos e pelo capô alto. Esta frente, que rende ao Agile o apelido extra-oficial de "Mini-Captiva", garante um visual marcante e certamente polêmico, e resulta em coeficiente aerodinâmico (a medida de resistência do ar ao perfil do carro) mais alto do que o esperado, de 0,371 cx.
A lateral conta com portas dianteiras e traseiras formando um arco, visual que lembra o padrão de um cupê. A coluna traseira tem um truque: parte da estrutura é pintada na cor da carroceria e parte em preto, como a coluna central. O resultado, para quem olha, é de que teto e linha lateral não se "encontram", fazendo com que o arco citado pareça flutuar.
A traseira, por sua vez, lembra -- para alguns -- a do Vectra GT, enquanto as lanternas em forma de bumerangue ostetam o nome Chevrolet gravado internamente, mas são formadas por elementos que lembram muito a de um modelo de outra montadora: o Fiat Palio.
Com 3,99 m de comprimento, 1,68 m de largura, 1,47 m de altura e 2,54 m de distância entre-eixos, o Agile se assemelha em porte e compete com modelos como Fiat Punto, Ford Fiesta, Renault Sandero e Volkswagen Fox, este último tido abertamente como fonte de inspiração e principal rival do modelo da Chevrolet.
O porta-malas tem 327 litros de capacidade e o tanque de combustível comporta 54 litros de combustível (álcool e/ou gasolina). Nas lojas, o Agile será encontrado em duas versões de acabamento, a LT e a LTZ (acostume-se, pois essas são as novas siglas globais adotadas pela Chevrolet). Ambas são equipadas com o motor de 1,4 litro Econo.flex conhecido de quem tem Corsa, Meriva e Montana, e que garante ao modelo IPI de 6,5% durante este mês de outubro (e de 7,5% e 11% nos dois meses restantes do ano).
A configuração básica conta, segundo dados de fábrica, com direção hidráulica, regulagem de altura para o banco do motorista, controle de velocidade (piloto automático) e computador de bordo, ar quente e rodas de aço de 15 polegadas. Airbag duplo está na lista de opcionais. A versão topo incorpora rodas de alumínio, retrovisores elétricos, bancos traseiros rebatíveis e faróis de neblina de série, além de airbags e freios com ABS (antitravamento) como opcionais.
Os preços não foram divulgados, mas especula-se que estejam entre R$ 35 mil e R$ 40 mil. UOL Carros trará valores exatos do Agile no decorrer desta cobertura, bem como o comportamento dinâmico e detalhes de acabamento logo após o test-drive, que acontece na terça-feira (6).