O governo do Chipre adiou uma sessão de emergência no Parlamento neste domingo sobre o controverso pacote de resgate da União Europeia, aprovado neste sábado (16). Países da zona do euro e credores internacionais impuseram uma taxação de 9,9%, em contas com mais de 100 mil euros nos bancos da ilha, como uma condição para a liberação de 10 bilhões de euros (US$ 13 bilhões).
O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, precisa ter uma ratificação do acordo pela legislação por meio do Parlamento, antes que os bancos reabram ou que haja fuga correntistas.
Mas a imprensa do Chipre divulgou que a escala de revolta contra o acordo entre os legisladores podem atrapalhar os esforços para que ele seja fechado neste final de semana prolongado. As negociações estão em curso com o Banco Central do país para manter as agências fechadas por mais um dia, apesar do custo potencial econômico.
Anastasiades está tendo dificuldades em garantir uma maioria simples para os termos do resgate entre os 56 membros do Parlamento, onde o partido conservador do presidente tem apenas 20 cadeiras. A TV estatal informou que o governo decidiu adiar o debate para assegurar que os parlamentares estejam completamente cientes da situação e melhor informados.
O presidente também decidiu adiar para segunda-feira o plano de falar à nação para defender "sacrifícios dolorosos" que ele insiste serem o único modo de salvar o setor bancário da ilha de um total colapso. O líder da oposição, George Lillikas, já convocou um protesto para terça-feira, sublinhando que o presidente que foi eleito em fevereiro "traiu a vontade do povo". As informações são da Dow Jones.