O valor de mercado dos 25 maiores bancos globais registrou um crescimento de 11,1% no quarto trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior, alcançando uma capitalização conjunta de US$ 3,61 trilhões, de acordo com uma análise da consultoria GlobalData, divulgada pela Valor Econômico.
O aumento significativo foi impulsionado, em parte, pela mudança de perspectiva do mercado a partir de novembro de 2023, quando começou a ser precificado o fim dos aumentos de juros pelo Federal Reserve dos Estados Unidos, indicando potenciais reduções das taxas em 2024. O alívio nas preocupações relacionadas aos aumentos nas taxas de juros reacendeu o apetite ao risco dos investidores, refletindo-se em um notável aumento no valor das ações dos bancos norte-americanos, como destacado por Murthy Grandhi, analista de perfis de empresas da GlobalData.
Para o ano de 2024, a consultoria antevê uma recuperação no setor bancário global, impulsionada por diversos fatores, incluindo a possibilidade de as principais economias interromperem os aumentos de juros e uma expansão mais robusta das margens financeiras. A projeção de curto prazo aponta para a continuidade do crescimento dos empréstimos na maioria das regiões, impulsionado principalmente pelas tendências inflacionárias predominantes.
Os dez maiores bancos em capitalização de mercado, segundo a GlobalData, incluem J.P. Morgan (US$ 491,8 bilhões), Bank of America (US$ 266,5 bilhões), Industrial and Commercial Bank of China (US$ 238,1 bilhões), Wells Fargo (US$ 178,7 bilhões), Agricultural Bank of China (US$ 175,6 bilhões), Bank of China (US$ 169,8 bilhões), HDFC Bank da Índia (US$ 156 bilhões), HSBC (US$ 155,9 bilhões), Morgan Stanley (US$ 153,1 bilhões) e China Construction Bank (US$ 152,1 bilhões).
Quanto aos bancos brasileiros, a lista da GlobalData destaca cinco entre os 100 maiores do mundo: Itaú, ocupando a 31ª posição (US$ 63,4 bilhões); Bradesco, na 59ª posição (US$ 35,5 bilhões); Banco do Brasil, na 61ª posição (US$ 32,7 bilhões); BTG, na 64ª posição (US$ 32,5 bilhões); e Santander Brasil, na 79ª posição (US$ 24,8 bilhões).