O preço do ouro alcançou um novo recorde nesta quarta-feira no mercado londrino de metais preciosos, o London Bullion Market, chegando a US$ 1.215,85 a onça-troy (31,104 gramas), depois de ter superado ontem, pela primeira vez, a barreira dos US$ 1.200.
O metal precioso havia chegado ontem aos US$ 1.201,63 em Londres.
A alta da cotação do ouro reflete a desvalorização do dólar: com a moeda americana desvalorizada, o metal --que é negociado em dólares no mercado internacional-- fica mais barato para os investidores com outras moedas, o que aumenta a demanda e pressiona as cotações.
Na semana passada, o banco central do Sri Lanka informou em um comunicado que comprou 10 toneladas de ouro das reservas do FMI (Fundo Monetário Internacional) por US$ 375 milhões, segundo comunicado do Fundo divulgado nesta semana.
No dia 2 do mês passado, o Fundo anunciou a venda de 200 toneladas de ouro à Índia, ou cerca da metade do total de 403,3 toneladas que o FMI prevê negociar em vários anos para reforçar suas finanças. A transação com o banco central indiano estabeleceu o pagamento de parcelas diárias entre 19 e 30 de outubro, ao preço de mercado, o que valeu à instituição multilateral US$ 6,7 bilhões.
O órgão ainda vendeu duas toneladas de ouro a Maurício (África oriental) no último dia 16, por US$ 71,7 milhões. O FMI ainda dispõe de mais de 200 toneladas de ouro.
Dólar
No último dia 24, o Fed (Federal Reserve, o BC americano) divulgou a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) realizada no início de novembro. No documento, o banco afirma não acreditar que esteja ocorrendo uma atividade especulativa sobre o dólar no mercado e afirmou que a desvalorização da moeda americana tem sido "ordenada" até agora.
"Qualquer tendência de que a depreciação do dólar se intensificará ou exercerá significativa pressão sobre a inflação será acompanhada de perto", acrescentou a ata. A moeda norte-americana caiu na semana passada para a mínima em 15 meses ante uma cesta com seis importantes divisas.