Com importações em alta, balança comercial inicia junho no vermelho

Na parcial deste mês, até dia 10, foi registrado déficit de US$ 325 milhões

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Após registrar o maior saldo positivo deste ano em maio, a balança comercial brasileira iniciou o mês de junho no vermelho, segundo números divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Na parcial deste mês, até o dia 10, as importações superaram as exportações em US$ 325 milhões. O último saldo negativo havia sido registrado na quarta semana de maio (-US$ 159 milhões).

No acumulado de junho, as exportações somaram US$ 5 bilhões, ou US$ 1 bilhão por dia útil ? valor um pouco abaixo da média diária de US$ 1,05 bilhão de maio. Ao mesmo tempo, as compras do exterior, que somaram US$ 5,33 bilhões na parcial deste mês, tiveram média de US$ 1,06 bilhão por dia útil ? as mais altas de 2012.

Parcial de 2012

No acumulado deste ano, até 10 de junho, os dados mostram que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,94 bilhões. Isso representa uma queda de 43,4% sobre o mesmo período do ano passado (quando foi de US$ 10,48 bilhões).

Na parcial de 2012, as exportações somaram US$ 102,87 bilhões, com média diária de US$ 935 milhões, enquanto as compras do exterior totalizaram US$ 96,93 bilhões (média de US$ 881 milhões por dia útil). Contra o mesmo período de 2011, as vendas externas subiram 0,4% e as importações avançaram 5,3%, de acordo com dados do governo federal.

Resultado de 2011 fechado

Em todo o ano de 2011, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 29,79 bilhões. Com isso, o superávit da balança comercial registrou crescimento de 47,8% em relação ao ano de 2010, quando o saldo positivo totalizou US$ 20,15 bilhões. Trata-se, também, do maior superávit da balança comercial desde 2007 (US$ 40,03 bilhões). Em 2008 e 2009, respectivamente, o saldo comercial somou US$ 24,95 bilhões e US$ 25,27 bilhões.

Perspectivas para 2012

Para 2012, ano que está sendo marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, com a previsão de crescimento do PIB em cerca de 2,5%, e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico ? como é o caso do Brasil ?, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará queda, atingindo cerca de US$ 20 bilhões.

O Banco Central, porém, está um pouco mais otimista. A autoridade monetária projeta um superávit da balança comercial de US$ 21 bilhões para este ano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, prevê um saldo comercial positivo de US$ 20,8 bilhões neste ano.

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