O Plano Safra 2024/2025, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, oferece um montante recorde de R$ 582 bilhões. Desse total, R$ 475,5 bilhões são provenientes de linhas tradicionais de crédito rural, enquanto R$ 106,5 bilhões virão das Cédulas de Produto Rural (CPRs), uma novidade para o plano.
O principal objetivo do Plano Safra é disponibilizar linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para produtores rurais, com foco em médios e grandes produtores, além de contemplar a agricultura familiar com R$ 74,98 bilhões.
A inclusão das CPRs, que são títulos financeiros usados para financiar o agronegócio, é uma inovação importante. Esses títulos serão monitorados pelo Banco Central para garantir transparência e aplicação correta dos recursos diretamente na produção. A inclusão das CPRs ajudou a ultrapassar a marca de R$ 500 bilhões, mas também gerou críticas sobre a clareza do direcionamento desses recursos.
Duas principais fontes de crédito exigem a aplicação em CPRs: as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e a poupança rural. Metade dos recursos captados com LCAs deve ser destinado a financiamentos rurais, com uma divisão igual entre linhas tradicionais e CPRs. Além disso, 5% da exigibilidade da poupança rural deve ser aplicada em CPRs, com 95% do montante captado para operações de financiamento rural direcionado às linhas tradicionais.
Este Plano Safra representa um esforço significativo do governo para apoiar o setor agrícola, oferecendo recursos substanciais e incentivando a produção e comercialização por meio de novas linhas de crédito e incentivos específicos. A introdução das CPRs no cálculo do plano reflete a tentativa de adaptar e expandir o apoio financeiro ao agronegócio brasileiro.