O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,1% em junho em relação ao registrado no final do mês anterior, ao passar de 105,0 pontos para 103,8 pontos, menor nível desde julho de 2012, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
Em maio, o ICI havia subido 0,8% ante o mês anterior, depois de ter recuado 0,8% em abril. "O resultado geral sinaliza que, após a aceleração observada no início do ano, a indústria apresenta um ritmo moderado de atividade na virada entre o primeiro e o segundo semestre", destacou a FGV.
Em junho, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 0,9%, para 104,8 pontos. O indicador que mais contribuiu para esse resultado foi o que mede o nível de estoques. A proporção de empresas que avaliam que estão com estoques excessivos aumentou de 7,7%, em maio, para 8,2%, em junho, enquanto aquelas que estimam seu nível de estoques como insuficiente caiu de 6,2% para 5,7%.
Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,3%, para 102,8 pontos. O destaque para esse resultado ficou com as expectativas em relação à situação dos negócios nos seis meses seguintes, com queda de 2,6%, a quarta seguida. A proporção de empresas que esperam melhora do ambiente de negócios diminuiu, de 53,3% para 47%, mas também caiu a parcela das empresas prevendo piora, 7,2% para 4,7%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) alcançou 84,4% em junho, ante 84,6% em maio. De acordo com o´Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira subiu 1,8% em abril sobre março, o segundo mês seguido de crescimento. Isso ajudou a economia a iniciar o segundo trimestre com expansão, segundo o indicador de atividade do Banco Central (BC). Mas, apesar do cenário melhor, analistas ainda mantêm a cautela, aguardando para ver se essa recuperação da indústria é sustentável.