A confiança da indústria brasileira aumentou 4,8% na passagem de maio para junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta ? a quinta mensal consecutiva ? levou o indicador a 93,8 pontos, no maior nível desde outubro de 2008, quando era de 107,4 pontos.
Apesar da alta, o índice ainda está 5,3 pontos abaixo de sua média histórica. Mas frente a dezembro, quando foi atingida a mínima de 74,7 pontos, o índice está 19,1 pontos acima.
?O resultado sustenta a tendência de recuperação da indústria verificada no segundo trimestre. No trimestre anterior, o ICI já havia apresentado tendência ascendente, mas de forma lenta e muito concentrada no segmento de material de transporte?, diz a FGV em nota.
Avaliação atual e expectativas
Na comparação com maio, houve melhora tanto das avaliações sobre o momento atual quanto das expectativas para os próximos meses.
O Índice da Situação Atual (ISA) elevou-se em 4,4%, ao passar de 93,1 para 97,2 pontos, aproximando-se de sua média histórica (99,9 pontos). Destaque para o retorno à normalidade do nível de estoques industriais: a parcela de empresas que apontam estar com estoques insuficientes aumentou de 3,3% em maio para 5,9% em junho, enquanto as que afirmam estar com estoques excessivos diminuíram de 14,1% para 12,4%, o menor percentual desde outubro de 2008 (7,9%).
Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 5,2%, de 85,8 para 90,3 pontos., mostrando um melhor ânimo em relação à tendência dos negócios nos próximos meses. Das 1.062 empresas consultadas, 34,7% esperam melhora e 27,4%, piora da situação dos negócios nos seis meses seguintes. No mês passado, esses percentuais haviam sido de 25,9% e 27,1%, respectivamente. É a primeira vez desde outubro de 2008 que as previsões favoráveis superam as desfavoráveis neste quesito da pesquisa.