Mais preocupado com desemprego e inflação, o brasileiro está menos confiante. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), apurado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 3,5% de maio a junho, para 110,1 pontos, o nível mais baixo desde junho de 2009.
Após uma alta de 1,8% entre abril e maio, o indicador, portanto, voltou a cair.
Em relação a junho do ano passado, o índice também teve retração. A baixa, nesse caso, foi de 2,2%. O Inec é composto pela expectativa de inflação, emprego, renda, consumo e endividamento.
A expectativa de compra de bens de alto valor caiu 3,6% entre maio e junho.
A piora do Inec "resultado, especialmente, do aumento da preocupação dos brasileiros com o desemprego e com a inflação", avalia a pesquisa.
A preocupação com a evolução dos preços aumentou no período. O índice de expectativa de inflação recuou 3,2% no período, refletindo maior pessimismo dos brasileiros em relação à evolução futura da inflação.
De acordo com a pesquisa, o endividamento também piorou. Essa parte do Inec teve queda de 1,8% entre maio e junho.
A expectativa para os próximos seis meses em relação à renda, segundo o indicador, diminuiu 1,1% no período.
Em relação ao mercado de trabalho, o brasileiro também ficou mais pessimista. O índice de expectativa de desemprego caiu 8,9% no período, o que representa menor quantidade de entrevistados que esperam queda no desemprego.
"Todas as variáveis utilizadas no cálculo do Inec se reduziram, tanto na comparação mensal quanto na comparação com junho de 2012", ressaltou a pesquisa.
Realizada em parceira com o Ibope Inteligência, essa edição do INEC ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 8 e 11 de junho.