Conheça as dez dicas para se beneficiar com a taxa de juros baixa

Como a Selic serve de base para a fixação de todos os juros de crediários, empréstimos e financiamentos, quem fizer a coisa certa vai se beneficiar

Elson Silva e Jandira Silva sonham em ter uma TV de LCD | Ana Paula Viana
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Os brasileiros que têm um pouco mais de idade podem achar que é um sonho, mas a Selic, a taxa básica de juros da economia nacional ? que já bateu a casa dos 45% ao ano, em 1999 ? agora é de 8% ao ano, após o corte feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana passada. É o patamar mais baixo da história do país.

Como a Selic serve de base para a fixação de todos os juros de crediários, empréstimos e financiamentos, quem fizer a coisa certa vai se beneficiar. Confira dez dicas para o consumidor se dar bem com os juros baixos.

O vigia Elson Silva, de 62 anos, e a dona de casa Jandira Silva, de 57, já estão aproveitando o bom momento da economia. Recentemente, eles compraram uma geladeira e um armário. Agora, planejam a aquisição de uma TV de LCD.

? Procuramos sempre as promoções e pesquisamos para encontrar o melhor preço, antes de comprar. A situação melhorou bastante, mas não dá para jogar dinheiro fora ? afirma Jandira.

1: A redução da Selic abre espaço para renegociar empréstimos em bancos e financeiras, a juros menores. Para isso, procure o gerente e mostre o quanto você está pagando e quanto pagaria com uma redução. Vale até ameaçar transferir a dívida para outro banco caso as condições não melhorem e levar simulações de empréstimos na concorrência

2: Os clientes que pegam empréstimos nos bancos em que recebem seus salários conseguem as melhores taxas. Vale a pena lançar mão da portabilidade, que permite ao trabalhador ter seus vencimentos depositados na instituição da sua preferência

3: A renegociação e a portabilidade também são válidas para créditos imobiliários, com as mesmas regras de negociação dos outros casos. Apesar de dar um pouco mais de trabalho de trocar de banco nesses casos em virtude da documentação, vale a pena buscar condições melhores porque as instituições têm interesse em empréstimos como esse, de longo prazo

4: Com a redução da Selic, as primeiras taxas a cair costumam ser as do cheque especial e do cartão de crédito. Os efeitos no comércio devem começar a ser sentidos nesta semana. Já os juros do financiamento imobiliário demoram um pouco mais

5: O comércio deve reduzir o valor da prestação e aumentar o prazo de pagamento. Nesses casos, é bom pesquisar bastante. Peça para o vendedor escrever as condições de venda à vista e a prazo e vá a outras lojas buscar prazos e juros melhores, para explorar a concorrência entre as redes. Olhe também os anúncios dos jornais antes e depois da queda dos juros, para saber se a redução não é propaganda enganosa

6: Comprar nos cartões próprios das redes de varejo pode significar prazos maiores e juros mais baixos para o consumidor. Mas procure pagar sempre em dia, pois os juros para quem atrasa as prestações costumam ser maiores do que os de outros cartões

7: Com as novas regras da caderneta de poupança, uma Selic mais baixa significa um rendimento menor para depósitos feitos a partir de 4 de maio. Assim, pode valer mais a pena tirar o dinheiro da caderneta para pagar um produto à vista e com desconto

8: Apesar das mudanças no rendimento, a poupança ainda é mais indicada do que os fundos de investimento para quem tem até R$ 60 mil para guardar, já que as taxas de administração dos fundos são muito altas

9: Como muitas montadoras estão oferecendo subsídios, os juros do crédito direto ao consumidor (CDC) para os carros estão mais baixos do que os do leasing, o que torna a primeira opção mais vantajosa neste momento

10: O consignado, mesmo sendo o crédito mais barato do mercado, também merece uma pesquisa antes de se fechar o negócio. Muitas vezes, os bancos que fazem mais propaganda junto a servidores e aposentados do INSS são os que cobram os juros mais elevados

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