Contas públicas têm o pior saldo negativo

Rombo chega a R$ 216 milhões em março; resultado foi puxado pelas contas federais

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As contas do setor público - que incluem o governo federal, as empresas estatais, os Estados e municípios - apresentaram em março um saldo negativo de R$ 216 milhões, o pior resultado da série histórica medida desde 2002. Com o resultado, o superávit primário, economia do governo para pagamento dos juros da dívida pública, acumulado no primeiro trimestre caiu para R$ 16,827 bilhões, o equivalente a 2,11% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma das riquezas produzidas no pais. O resultado negativo de março foi puxado pelo rombo de R$ 3,912 bilhões das contas do governo federal, que reúne o Tesouro Nacional, Banco Central e a Previdência Social. Os governos regionais, ou seja, Estados e municípios, apresentaram em março uma economia de R$ 3,342 bilhões. Já, as empresas estatais tiveram um saldo positivo de R$ 354 milhões no mês passado. Em março de 2009, o resultado das contas do setor público foi positiva em R$ 7,929 bilhões.Já a economia do governo para pagar a dívida, no ano, entre março do ano passado e deste ano, está bem abaixo da meta de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) prevista para 2010. Em 12 meses, o governo conseguiu economizar o equivalente a 1,94% do PIB em março, segundo o Banco Central. O resultado equivale a uma economia de R$ 62,535 bilhões. Até fevereiro, o saldo acumulado em 12 meses estava em R$ 70,681 bilhões, ou 2,21% do PIB. O superávit primário é o dinheiro que o governo economiza para pagar a dívida pública. É um dos principais indicadores observados pelo mercado internacional, pois mostra a capacidade de um país de pagar seus credores em dia. Manter as contas do governo positivas é importante para que não haja aumento da dívida pública. Se o governo não economizar, essa dívida pode crescer demais e ficar difícil de ser paga, podendo levar o país a decretar uma moratória (calote) dos seus débitos. A dívida pública é composta, em geral, pela venda de títulos do governo a investidores – nacionais e internacionais –, que podem ser bancos, empresas e até pessoas físicas.

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