Nos dois primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022, os produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 64,11 bilhões em financiamentos. Os recursos são destinados para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira.
O desempenho resultou em alta de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do balanço do crédito rural divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os recursos contratados com investimentos somaram R$ 18,3 bilhões, apresentando maior alta (61%). As operações de custeio totalizaram R$ 35,99 bilhões, 25% a mais em comparação a igual período do ano passado. Já a industrialização, alcançou R$ 5,8 bilhões (60%) e a comercialização, R$ 4 bilhões (23%).
Números
O número dos contratos de financiamentos supera 242 mil no custeio (aumento de 7%), 220 mil no investimento (3%), 3 mil na comercialização e 492 contratos na industrialização (76%).
Os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) contrataram R$ 7,9 bilhões em custeio (46%), com mais de 177 mil contratos. Em investimento, os agricultores familiares contrataram R$ 4,4 bilhões (58%), com 184 mil contratos. Em todas as finalidades, os agricultores familiares contraíram R$ 13,2 bilhões em financiamentos, alta de 47% em relação a julho e agosto do ano passado, somando mais de 362 mil contratos (6%)
O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) apresentou uma elevação de 19% no volume de recursos contratados e atingiu R$ 8,8 bilhões. As contratações de custeio dos médios produtores somaram R$ 7,8 bilhões (16%) e nos investimentos alcançou R$ 1 bilhão (45%).
Fontes
As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito aos produtores e as suas cooperativas de produção foram Recursos Obrigatórios (R$ 21,2 bilhões), Poupança Rural Controlada (R$ 13,7 bilhões), Poupança Rural Livre (R$ 11,7 bilhões) e BNDES/Finame equalizável (R$ 6,6 bilhões).
O valor das operações de crédito realizadas com recursos não controlados, como as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), somaram pouco mais de R$ 18 bilhões, aumento de 57%.