O aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) será percebido nas folhas de pagamento a partir deste mês. A decisão foi definida através de medida provisória publicada no final de abril.
A partir de maio, os indivíduos que recebem acima de dois salários mínimos, ou seja, mais de R$ 2.640, terão um aumento de R$ 15,60 em seu pagamento mensal líquido. O cálculo foi realizado com estimativas da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).
Conforme explicado pelo presidente da Unafisco, Mauro Silva, esse cálculo leva em consideração a "sistemática de funcionamento da tabela do IR" e, por consequência, afeta a parcela a ser deduzida.
"Os pagamentos feitos no final desse mês já devem ter essa diferença no valor, porque a medida provisória tem aplicabilidade imediata. Se alguma empresa não se adaptar [a tempo], pode ser que faça uma retenção maior agora e ajuste no mês que vem, mas o correto seria [a mudança] já constar na folha de pagamento de maio", disse o presidente.
Silva ressalta que, apesar da alteração ocorrer apenas na faixa de isenção, ela gera um efeito cascata que afeta todas as faixas de maneira igual. No entanto, ele considera que os efeitos dessa mudança são bastante insignificantes, comparando-os a um simples "pão na chapa".
No caso em que o contribuinte se enquadra na faixa 3, com rendimentos variando entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05, a parcela a ser deduzida teve um aumento de R$ 15,60. Na tabela anterior, essa parcela era de R$ 354,80, enquanto com a regra atual passou a ser de R$ 370,40.
Essa alteração na parcela a ser deduzida se aplica a todos os indivíduos que recebem acima de dois salários mínimos. Vale ressaltar que aqueles que ganham até R$ 2.640 estão isentos do Imposto de Renda.