O acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), anunciado na última sexta-feira (6), prevê a redução de tarifas para produtos agrícolas, industrializados e serviços. Frutas como abacate, melão, uva e maçã terão tarifa zero e não serão sustentáveis a cotas. Por outro lado, as carnes bovina, de aves e suína terão cotas anuais de entrada na UE, com tarifas que variam conforme o tipo de carne.
Produtos como açúcar, etanol e queijos também terão regras específicas no acordo. Para o etanol, a cota será de 450 mil toneladas com tarifa zero, enquanto os queijos do Mercosul terão uma cota inicial de 30 mil toneladas com tarifas decrescentes. O acordo estabelece ainda margens de preferência para iogurte e manteiga e cria salvaguardas para evitar prejuízos à indústria automotiva do Mercosul.
Medidas ambientais
Medidas ambientais foram destacadas, incluindo compromissos de proteção ao meio ambiente e combate ao desmatamento até 2030. O Brasil garantiu garantias contra medidas unilaterais da UE que podem restringir o comércio, como a nova lei europeia contra o desmatamento. O acordo poderá ser suspenso caso alguma parte viole gravemente o Acordo de Paris ou abandone seus compromissos climáticos.
O pacto também prevê um fundo de € 1,8 bilhão para apoiar a transição verde e digital nos países do Mercosul. Além disso, o Brasil terá graça para regular a exportação de minerais críticos, com a possibilidade de aplicar tarifas diferenciadas para a UE. O acordo, negociado por 25 anos, ainda precisa ser ratificado por todos os países-membros para entrar em vigor.
Para mais informações, acesse meionews.com