As famílias brasileiras continuam se endividando. Isto foi comprovado segundo dados divulgados pelo Banco Central que registram um novo recorde em junho.
De acordo com esses valores, no mês citado, 22,38% dos ganhos mensais dos brasileiros eram destinados ao pagamento de dívidas, enquanto que em um mês antes era de 21,93%. No Piauí, números também comprovam o quanto as famílias piauienses têm se endividado.
Com dados de uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio, intitulada Perfil de Endividamento do Consumidor de Teresina, constata-se que até o mês de maio de 2012 a taxa de comprometimento da renda familiar dos consumidores foi de 39,9%. Já no acumulado de março a maio a média obtida foi de 38,4%.
A pesquisa também revelou valores modais de endividamento e constatou que no setor familiar o grupo feminino é o que mais compromete sua renda (38,7%). A faixa de idade com maior comprometimento está entre 25 e 34 anos (40,5%) e a faixa de escolaridade mais endividada está no ensino fundamental com (41,7%).
De acordo com economistas, estes números estão cada vez maiores porque a sensação de elevação do poder de compra da classe C está maior e as últimas medidas econômicas observadas no cenário nacional, ditas expansionistas para o critério da economia, tendem a impulsionar novas aquisições.
?Juros mais baixos, IPI reduzido e facilidade de crédito. Toda esta conjuntura influencia o comprometimento da renda das famílias como um todo?, acrescentou a economista Karine Mota.
Ao mesmo tempo em que surgem estas novas facilidades de mercado, surgem também algumas dicas de como se proteger do endividamento e equilibrar as contas para não se envolver nos riscos do acumulado.
É preciso estar atento ao optar por adquirir determinado bem ou serviço.
Conforme a economista o indivíduo precisa se perguntar se existe uma necessidade real de obter o produto.