Crescimento da economia e empregos faz importações crescerem 10%

Importações de bens de capital crescem no Brasil, indicando melhora na taxa de investimento. A indústria de transformação lidera os investimentos, com aumento de 15,5%

Crescimento nas importações de bens de capital Indica melhor investimento no Brasil. | Portonave/Divulgação
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O volume de importações de bens de capital no Brasil registrou um crescimento expressivo de 15,5% de janeiro a maio de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este é o melhor resultado dos últimos 15 anos, de acordo com o Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Esse aumento nas importações de bens de capital aponta uma possível melhora na taxa de investimento do país, mesmo diante de um cenário econômico incerto.

OTIMISMO

A série histórica do Icomex, que começou em 1998, mostra que o volume importado entre janeiro e maio de 2024 é o mais alto já registrado, sinalizando uma perspectiva positiva para os investimentos no Brasil. "No entanto, o cenário de volatilidade cambial, como ocorreu no mês de maio/junho, não favorece novos planos de investimentos”, ponderou a FGV, no relatório do indicador.

 INDÚSTRIA DA TRANSFORMAÇÃO LIDERA INVESTIMENTOS

O principal motor desse crescimento foi a indústria de transformação, que registrou um aumento de 15,5% nas importações de bens de capital em relação ao ano anterior. Em contrapartida, o volume importado pela agropecuária teve uma queda significativa de 15,9% no mesmo período.

A demanda por bens intermediários também registrou um avanço, com crescimento de 9,6% na indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou uma retração de 4,3%.

SUPERÁVIT COMERCIAL

Entre as categorias de uso, as importações de bens de consumo duráveis aumentaram expressivos 49,9%, enquanto os bens de consumo não duráveis caíram 3,9% e os bens semiduráveis cresceram 18,5%.

Apesar do crescimento das importações, o superávit comercial brasileiro foi de US$ 8,5 bilhões em maio de 2024, uma queda de US$ 2,5 bilhões em relação ao mesmo mês de 2023. As exportações diminuíram em volume 1,9%, enquanto as importações subiram 6,1%.

No acumulado do ano, o saldo da balança comercial apresenta um superávit de US$ 35,9 bilhões, acima dos US$ 34,5 bilhões registrados no mesmo período de 2023. A previsão da FGV para 2024 é de um superávit de US$ 87,7 bilhões, um pouco menor do que o registrado em 2023.

PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS DO BRASIL

Entre os principais parceiros comerciais do Brasil, as exportações para a Argentina despencaram 38,2% em maio de 2024, enquanto as vendas para a União Europeia subiram 21,8%. No acumulado do ano, as exportações para a China cresceram 11,5%, para os Estados Unidos aumentaram 17,2%, e para a União Europeia subiram 3,8%.

A China continua sendo o maior destino das exportações brasileiras, respondendo por 30,5% do total exportado, com o óleo bruto de petróleo sendo o principal produto enviado tanto para a União Europeia, quanto para a China e os Estados Unidos. No que se refere às importações, a China também lidera, com um aumento de 18% em maio e 32,2% no acumulado do ano.

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