A criação de empregos formais caiu quase à metade em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. No mês passado, foram criados 100.938 postos de trabalho formais, ante 190 mil no mesmo mês de 2011, uma queda de 46,9%.
Segundo o governo, foi o pior resultado do ano e a menor criação de vagas em meses de agosto desde 2003, quando o número ficou em 79.772. O recorde para meses de agosto permanece sendo o ano de 2010, quando foram abertos 299.415 empregos com carteira assinada.
Crise financeira e medidas de estímulo
O fraco resultado na geração de empregos com carteira assinada acontece em um ano marcado pela crise financeira internacional, que tem prejudicado o crescimento de todas as economias ao redor do mundo.
No começo deste ano, a previsão do governo federal para a expansão da economia estava acima de 4%. Atualmente, já foi revisada para 2% de expansão. Para o mercado financeiro, o crescimento será menor ainda neste ano: de 1,57%.
Para recuperar o crescimento, a equipe econômica do governo anunciou, nos últimos meses, uma série de medidas, como a redução do IPI para a linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para os automóveis.
Além disso, também reduziu o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento às desonerações da folha de pagamentos, liberou mais de R$ 70 bilhões em depósitos compulsórios para os bancos e vem reduzindo a taxa básica de juros desde agosto do ano passado. Atualmente, os juros estão em 7,5% ao ano - os menores da história.