Segundo uma pesquisa da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, vítimas de bullying (violência física ou psicológica) ganham salários menores do que a média.
De acordo com o estudo, as vítimas de bullying ganham 2,1% menos do que o salário médio. Além disso, 3,3% têm menos probabilidade de serem contratados, e 4,1% são menos propensos a participar do mercado de trabalho (estando empregados ou à procura).
A pesquisa, conduzida pelo economista Nick Drydakis, foi realizada com 7.500 entrevistados, com idades entre 18 e 65 anos.
Entre os participantes, 8,4% admitem terem sido vítimas de bullying constante.
"O estudo sugere que os adultos que sofreram bullying na infância são propensos a desenvolver depressão, ansiedade, transtorno de personalidade", disse Drydakis ao site Cambridge News.
Gays, lésbicas, imigrantes e os homens são os mais afetados negativamente pelo bullying em termos carreira.
Gays e lésbicas que sofreram bullying quando crianças têm salários 12,4% menores que a média. No caso dos imigrantes e homens heterossexuais, a remuneração é 4,1% e 6,1% mais baixa, respectivamente.
"A maior parte do que se fala economicamente sobre a determinação dos salários se concentra nas variáveis tradicionais de capital humano, como educação e habilidades. Entretanto, como os efeitos do bullying podem afetar o futuro emprego dos indivíduos, isso deveria ser de maior interesse para os economistas", disse, em nota, Drydakis.