Crise no império de Eike faz Bolsa perder quase 5% na semana

A ação da OGX (OGXP3) é uma das mais negociadas da Bovespa,

Eike | Divulgação
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A semana que se encerra nesta sexta-feira (5) foi de turbulência para o empresário Eike Batista. Desde segunda-feira, quando anunciou a inviabilidade de produção de petróleo em vários campos da OGX, as ações de empresas do grupo na Bolsa entraram numa "montanha-russa".

A ação da OGX (OGXP3) é uma das mais negociadas da Bovespa, e tem um grande peso sobre o resultado final da Bolsa; com o preço da ação próximo de R$ 0,50, oscilações de poucos centavos geram diferenças percentuais consideráveis.

Esse foi um dos principais fatores que levaram à queda da Bovespa na semana. Nesta sexta, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) fechou o dia com perdas de 1,21%, a 45.210,49 pontos; na semana, perdeu 4,73%. No acumulado do ano, a desvalorização passa de 25%.

OGX perdeu 35% na semana

A ação da OGX (OGXP3) fechou em alta de 8,51% nesta sexta, negociada a R$ 0,51. Mas a alta não foi suficiente para compensar as grandes perdas recentes: em apenas uma semana as ações tiveram queda de 35% de seu valor.

A mineradora MMX (MMXM3) disparou 14,29% no dia, e fechou a R$ 1,60; na semana, teve ganhos de 8,84%. A empresa de logística LLX (LLXL3) fechou o dia estável, a R$ 0,84, e perdeu 15% no acumulado da semana.

As outras ações do grupo não fazem parte do principal índice da Bolsa: a OSX (OSXB3), de construção naval, perdeu 1,9%, a R$ 1,03; a CCX (CCXC3), mineradora de carvão, subiu 7,46%, a R$ 0,72; e a MPX (MPXE3), de energia, ganhou 2,67%, a R$ 7,30.

Vale, Petrobras e Usiminas despencam

As ações de Vale (VALE3, VALE5), Petrobras (PETR3, PETR4) e Usiminas (USIM3, USIM5) despencaram no pregão desta sexta-feira, com a repercussão de que o governo poderia cortar as alíquotas do imposto de importações para aços, resinas, vidro, papel de parede, borracha, plásticos, alumínios e outros insumos industriais.

A informação se provou verdadeira, e no fim da tarde o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que deve reduzir os impostos de importação para alguns insumos e matérias-primas, em mais uma tentativa de controlar a alta da inflação.

As ações da Usiminas lideraram as perdas da Bolsa: a ação preferencial (USIM5), que dá prioridade na distribuição de dividendos, despencou 9,41%, a R$ 6,64; a ação ordinária (USIM3), que dá direito a voto, caiu 8,12%, a R$ 7,02.

Em seguida, as ações da Petriobras também fecharam em forte queda: as ordinárias (PETR3) caíram 6,11%, a R$ 13,68, e as preferenciais (PETR4) recuaram 5,08%, a R$ 15,15. A ação da petroquímica Braskem (BRKM5) perdeu 4,65%, para R$ 16,21.

As ações preferenciais da Vale (VALE5) recuaram 1,93% no dia, para R$ 26,45; desde o começo do ano, a queda acumulada é de 35%. As ações ordinárias (VALE3) fecharam em queda de 2,61%, a R$ 28,70.

Também pesou sobre o índice a divulgação de dados positivos de emprego nos Estados Unidos, que deixou os investidores preocupados com a possibilidade da redução do estímulo econômico por parte do Banco Central do país.

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